segunda-feira, 18 de maio de 2009

Fêmea

Mais bela és quando lânguida
Que seja em meu cais vencida assim...
Dar-me o amor que dantes eu não tinha
E dar-te-ei torrentes afagos

Na tua ausência visual – brandos olhos desmaiados
Galgar-me-ei nas raízes do teu sexo casto
Até fazer-te fêmea em mim

Conspícuo gosmar acre na boca, sinto
Quando tu plena, transpira desejo meio amargo
No tépido sabor da língua minha
Que faze o ácido gosto teu, doce

Face ainda ao prepúcio himenal
Vestir-te-ei toda dum véu de saliva – por dentro
Impondo-te um júbilo perenal

domingo, 17 de maio de 2009

Ônus

Dos seios daquela noite, lembro-me apenas de uma coisa inteira, que agora me vem como num sonho: ela me dando as costas e metendo-se coleante e sinuosa entre meus braços, de modo a poder dobrar a cabeça para trás e me oferecer uma boca rasgada e sensual. Fez isso por várias vezes e numa dessas me deixou louco de tesão. Ao manter - ainda - a nuca estacionada em meu ombro direito; por trás eu a envolvia massageando seus frutos: seios que foram belamente esculpidos pelo tempo.

Ela tinha uma das pernas – exatamente a esquerda – apoiada sobre a cama, dando uma leve dobrada...Digamos que em noventa graus, e isso facilitava muito o meu prazer. Devagar e com certo zelo, aquela mulher inclinava o bumbum, fazendo uma leve pressão no moleque, de modo a dar um certo valor ao meu trabalho. Eu sentia a firmeza de suas ancas que comprimiam suavemente minha rigidez. Enquanto ela permanecia ali meio aberta e ainda de pé paralelamente em mim, eu entrava pelo intróito estreito e na passagem apertada era acariciado pelo clitóris até as ondulações mais profundas. Cheguei a tocar algumas vezes o meato uretral, mas escorregava e danado liso batia no prepúcio.Num frêmito, uma de minhas mãos descia cuidadosa até Vênus, na mesma frequência em que tentava outra entrada hasteado. Ela estava colada ao meu corpo e com os olhos semi-fechados – era muito torpor, e eu só ouvia um gemido bem feminino; baixinho: - Ai! Não foi de primeira que consegui ascender na escuridão. Saia dos lábios sob compressão, friccionando a ráfia mediana - que era a linha divisória entre a vulva e o anus - até que por fim atingia o escuro caminho do submundo, lançando minha claridade. Quando me despedia com ardor e trêmulo, podia ver que pingava... Aquele orifício deixava vazar o meu prazer.Era como uma fonte de água pura, despejando suas lágrimas no mais belo manancial.

sábado, 16 de maio de 2009

Noite Alucinada

Por volta das dezoito horas fui me encontrar com uma amiga, que na verdade se tratava de amizade colorida. Era uma gordinha linda, bem feita de corpo – podemos dizer assim: bem distribuída. Tinha os cabelos loiros – claro que não eram naturais, mas nela até que ficava bem a tonalidade. Também lecionava numa escolinha municipal. Era tão versátil: praticava lutas, tais como Boxe (sua paixão) e Muay Tay, mas com essa última modalidade não foi muito feliz – distendeu a perna. Nosso encontro se deu num barzinho com música ao vivo, chamado de O Barão. Ele fica localizado na rua São Francisco Xavier, uma principal na Tijuca. Nessa localidade tinha mais alguns bares bons, como o Lounge Buxixo, que ao longo do tempo passamos a freqüentar. Sentamos logo numa mesa próxima a entrada e ficamos por um bom tempo conversando,e ao mesmo tempo bebendo: eu me comprazia com Red Bull misturado ao Black Label e ela só na cevada, ficando nessa história até meia noite e tal...E logo depois de pagarmos a conta, tomamos outro trajeto. Ela andava medindo a calçada e como não se agüentava em linha reta, prendia um dos braços em mim, para que eu a guiasse. Também estava meio tonto, confesso. Mas segurava a onda na boa. Passando por um canteiro de plantas que ficava de frente a um prédio, me veio uma idéia pra compensar uma certa vontade. Esse canteiro estava num breu; era uma escuridão total. Logo a puxei para o canto, e com um ímpeto frenético levantei a saia dela. Minhas mãos roçavam aquelas coxas, num movimento pervertido que a deixava louca. A pele era macia e tinha um perfume muito gostoso. Então começou um roçagar de pele e logo me pus a rasar o ventre liso – a língua titilava o ápice do sexo palpitante, enquanto ela ria fingindo esquivar-se. Retorcia o corpo elástico e fugidio num convite cheio de recusas. Logo - também - apalpei os seios túrgidos e dourados. Sentia neles a textura do desejo e uma urgência imediata de prazer. Então num impulso incontrolável, retesou o corpo num gemido crescente e sobre convulsão violenta se entregava ali mesmo de pé. Com um grito rouco de volúpia, fundida ao porre de Whisk em que me encontrava, tinha ficado maravilhado e ao mesmo tempo com certo espanto. Recebi na boca o gosto acre e abundante daquela delícia. Em seguida, ela se lançou ao chão, ficou de joelhos como se estivesse a pagar pecados, mas na verdade pagaria outra coisa...E pagou! Foi extremamente preponderante com os lábios: ordenhava como ninguém. Fez isso por uns cinco minutos, mais ou menos. Ao se levantar esboçava um ar de satisfação ao ter sentido minha projeção no céu da boca. Voltamos a caminhar, ou melhor, tentamos andar. Até porque estava meio complicado, visto que estávamos chapados. Ela ia para um lado, depois para o outro – era um zigue-zague de pé-de-cana mesmo. E continuando nosso intento de chegar a algum lugar, ela me jogou contra um muro chapiscado, e começou a me beijar insanamente [ Imagine um beijo entre dois bêbados ]. Era cômica toda aquela situação, os carros que passavam por nós buzinavam, e alguns até nos mandavam tomar o rumo de um motel qualquer. E prosseguimos...Falando meio mole, ela me pedia para acenar a algum táxi que passasse. Eu acenava...Mas o problema era que o braço não queria levantar. Mas dei um jeito...E o taxi parou.
- Flôr de maio, por favor! - Ela dizia.
Flor de Maio Motel...E lá estávamos.
Já dentro desse ambiente, pegamos uma das mais caras suítes – tinha de tudo lá: sauna, piscina, banheira, pista de dança, cavalo erótico etc. E começou nossa luta...Como nunca tinha saído com ela pra esses lugares e também não a conhecia intimamente, não deixei de colocar meu látex, para que pudesse com segurança efetuar minha missão. Mas não adiantou ( eu já estava com um tesão em plena erupção, não pude me conter), ela numa fome animal e demasiado alucinada, arrancou meu protetor e começou a sugar o cara. Nossa! E que sugada... A partir daquele momento eu passei a ter certeza que ela era profissional naquilo, fazia tanta pressão em cima que eu pensei comigo: vou gamar. Incrivelmente colocava tudo. De modo que ganhava a garganta, e em cada galgada e descida eu delirava de tesão. A menina ficou entre minhas pernas por um tempo indeterminado. Seguidamente a fodástica chupada, a botei de quatro como o pecado gosta e comecei a castigá-la. No indo e vindo, puxava com firmeza seus cabelos longos e isso de certa maneira a fazia pedir mais...Pedia mais ao Cubo³, com uma cara de safada, que ainda não tinha visto igual. Pra variar mudamos o jeito; me estirei na cama horizontalmente para poder sentir o peso dela – que não era levinha, mas a pressão compensava o sacrifício. Dei dois tapas com vontade – nela, precisamente na cara. Ainda estava bêbada. Revidou-me com dois socos; um geb de direita no queixo, outro de esquerda. Fiquei meio bolado com a porrada, mas depois eu curtir na moral. Mesmo tendo curtido os diretos na mandíbula, não significava que eu era um adorador de apanhar. Nunca tive intimidade com masoquismo; e nem queria ter. Já não sentia mais nada naquela altura do campeonato; estava meio dormente [ teve alguns momentos que nem levantava o dito...] por conta das bebidas, que foram muitas. Respondendo aos tapas, comecei a rir daquela cena toda. Que comédia foi aquilo. Em seguida ela me perguntava: – Bom bater, não? E a filha da mãe ria. O mais engraçado de tudo ainda estava por vir. Realmente tínhamos tomado todas. A loira estava tão chapada que via dois caras: eu e um possível fantasma, que era apenas uma visão distorcida da realidade - eram dois de mim. Isso tudo devido ao seu estado de porre. E dando continuidade ao nosso sexo mais que animal, e ela continuou a ver o segundo indíviduo. Insistentemente dizia que tinha mais um outro – que só ela via. Isso a fez imaginar que estava num "ménage a trois", ou seja, transando com mais de um. Dizia assim: – Viu ele? Olha Eros! Olha! E eu perguntava: – O que foi garota? E totalmente sobre o efeito do álcool, teimava em dizer: – Tem outro cara aqui. É sério! E novamente me deu dois boxes. Dessa vez foi querer acertar o outro cara e acabou me acertando.
A noite foi muito boa, apesar de ter sido ímpar ao extremo. O bom dela é que fui feliz, apesar das porradas...

Erótica Divina

Numa tarde morna de ventos suaves e bem vagarosos. O céu de extenso azul coral – quase límpido, denunciava tamanha beleza aos olhares. Apollo ainda dava o ar da graça, externando seus últimos suspiros de luzes ao se pôr – ele divinamente matizava com raios de carmim alguns pontos cardeais. Tuas mechas laranjas, ora meio avermelhadas, não estavam sós...Havia pequenos cirros solitários que o vento mui zeloso afinava, os deixando feito esboço facial de um Deus; por vezes parecendo Eros, outras...Zeus. Almas essenciais eram dotadas de uma ótica pura, que ao brincarem de descobrir desenhos em nuvens, acabavam por incitar certas saudades, que elas – lindas brancas e suspensas, pareciam mais algodões em cachos – remetiam a lembranças passadas, amores, quiçá. No azul celestial não moravam nimbos, estratos, tampouco cúmulos. Só existiam riscos finos, que ficavam suspensos e dispersos no aberto horizonte “zeusístico”. Sutilmente eram espalhados pelo ar divinal que aflorava em Vênus – ela assoprava sedutoramente...Até formar ventos Zéfiros. O clima tinha um tom especial; belo arpejo – cântico sensual...Canção bela, animalesca, aveludada e infinitamente perfumada – Olor de rosas brancas dos campos primaverais, tinha. Cupido encantava... Oh!Eros que emana o ardente desejo assimilado.Tal é a erótica corporal, a vontade de tocar a derme no ventre do amor e no almejo passional de possuir além corpo. E nos extremos caminhos de Afrodite, ir do sul ao norte, até umectar os lábios do mundo. O amor entre Eros e Psique desperta calor, langor no deleite que fascina e faz render-se a volúpia do prazer erotizado: vede e senti, vir à vida em parto normal sua cria Voluptas. A personificação grega do amor eleva aos ares, no escopo da alma – a energia que anima a carne tão magnânima e magistral. Cai a noite de Agni, sobre os mares de Poseidon e, é feito cama sob o luar de Ártemis, de modo a iluminar o amor entre os pólos oceânicos...

Foi um sonho de Morfheus que terminou em volúpia suprema, assim revelou-se a unidade que havia.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Frenesi

Ela sentia adentro uma roliça penetração pulsante – pela metade. Do alto vermelho globular, iniciava sua descida fumegante até a raiz do meu sexo e lentamente ascendia de tal maneira apertada. Os grupos gestuais que ela mostrava sincronicamente sobre mim, agregavam uma poética corporal tão sublime e ao mesmo tempo sensual em cada movimento conjunto.
Debaixo da ginga disciplinada que havia, eu ficava na horizontal, afixado no meio daquelas pernas em bifurcação. No sincronismo continuo daquele rebolar, eu provei de uma sensação que me fez ter a certeza íntima que ela estava pronta para aceitar as condições daquela noite. Ela acolheu e agasalhou o que a mantinha extremamente excitada... Ele não sentia frio, mas sim uma leve quentura que vasodilatava e o envolvia todo – era fruto da fricção melada; tanta pressão tinha nos lábios, que minava uma mágica quantidade de sumo.
Era a mulher mais linda e serena que já tocara...Literalmente desnuda e sentada em mim, ainda tinha o prazer ereto no interior. Seus poros não exalavam suor, era só desejo...Eu me arrepiei completamente ao notar que sua cabeça se inclinava para trás numa lenta queda, no compasso que ia – também – acariciando os seios: pareciam dois pêssegos rosáceos – lindos! Minhas mãos se mantinham fiéis naquelas coxas, ao passo que ela fazia o trabalho de libertação.
Eu tive a certeza que o paraíso era mais adiante; e de fato era...Eis o meu viril grito de liberdade!

domingo, 3 de maio de 2009

Um amor para recordar

Era temporada das flores – elas davam primavera a paisagem que havia sob o céu aberto, que ofertava um azul celestial. Alguns cirros traçavam toda extensão dele...Eram esboços finos, nascido do amor perfeito entre os quatros ventos e as nuvens mais sensíveis, tais como os primeiros traços iniciais de uma “Belle Femme”, desenhados numa folha de papel, por um exímio artista.
O sol se mostrava tão radiante naquele dia. Era Apolo tão impávido, anunciando sua presença calorosa e animando toda a vida que desabrochava nos ninhos naquela aurora.
Debaixo dos hibiscos (uma flor belíssima), vermelhos me colocava a admirar o horizonte límpido, envolvido por um suave vento, que era doce e sutilmente sedutor. Fazia contornos breves em minha face, acariciando as maçãs de meu rosto moreno, que um dia o tempo levaria...
Eu tinha uma amiga – amiga mesmo -, na qual conhecia desde os oito anos de idade. Ficávamos sempre juntos... Também tínhamos nossos amigos, porém o que mais gostávamos de fazer, era ficarmos perto, um do outro.
Aos dez anos, dei um cordão a ela – “minha alma gêmea...” E nesse cordão, morava uma simples pedra: solitária, lapidada e divinamente linda. Quando a presenteie, aconteceu algo fantástico, lindo...A pedi em namoro! Ela se pôs a olhar para o céu neste momento, inerte e pensante, olhou para mim...Não respondeu nada, apenas chorou como quem chora a saudade mais gostosa. Meu coração palpitava a mil. E quando me abraçou, as lágrimas rolaram soltas na mesma hora...
Ficamos ali mesmo, parados sob aquela bela árvore florida, como se um precisasse do outro para respirar. Minutos depois ela me disse: Eu te amo amor. Não foi preciso mais nada para que começássemos a se beijar.
Durante o dia todo ficamos juntinhos, e só no final da tarde me despedia, qual se fosse pra longe. Ela me admirava distante, e ao mesmo tempo eu acenava com muita emoção. Voltei para minha casa em Angra dos Reis, e no mesmo ano – ela (não sei porque), sumiu! Eu já não era mais o mesmo cara, não sentia mais prazer em nada que fazia...Minha vida tinha perdido o sentido, um norte. Não namorei mais ninguém desde então, vivi exclusivamente voltado para o meu interior. Meus amigos de sempre me perguntavam:
– O que houve com você? Não pretende namorar nenhuma outra mulher?
Minhas lágrimas desceram rosto abaixo e eu respondia de um jeito “inexplicável”. Foi uma coisa tão pura e contagiante, que só faltava eles chorarem também.
Eu dizia o seguinte:
– Meus amigos... É uma coisa meio difícil - por enquanto – pra vocês entenderem. Eu amo essa mulher! E sem ela, parte de mim foi embora junto...
...Vou dizer a verdade pra vocês: não consigo sentir atração por qualquer outra menina. Não é que eu esteja “aboiolando”, mas não consigo e nem quero outra mulher em minha vida, e também, as pessoas perguntam isso, como seu eu fosse obrigado a estar com uma; por tal questão de orgulho, ou machismo, sei lá. Cara, meu coração é livre! Assim como o de vocês e de qualquer outra pessoa! Mas infelizmente a carne é fraca, e muitas vezes as pessoas deixam o seu coração de lado para atenderem aos prazeres dela – da carne. Muitas pessoas acham isso certo. Não digo que elas estejam erradas. Mas prefiro ouvir, sobretudo o meu coração...
Foi mais ou menos assim:
Eu comecei a olhar cada mulher com diferentes olhos...
Logo, também não tive mais necessidade de “estar com alguém”. Eu comecei a dar valor à minha liberdade, aos amigos, às pessoas e a mim mesmo.
Mas por incrível que pareça, depois de dez anos de espera, ao sair pra comprar umas coisas no mercado, eu a vi, lá estava ela sentada em um ponto de ônibus. Eu estava de moto, e quando a avistei, mesmo com o capacete comecei a gritar. E sai jogando a moto na frente dos carros feito louco, até parar perto do ponto. Parecia coisa de cinema!
Ela se levantou e ficou olhando. Desci da moto, tirei o capacete e disse:
– É ela!E chorando de emoção dizia:
– Ela está linda...Veja só meu Deus como ela está linda!
Depois disso tudo, a tomei no colo com muita saudade, e a beijei intensamente por alguns minutos. A partir daí minha vida voltou a ser como era antes, vivida e mais bela: tudo ser normalizou. E mais à frente, tivemos uma filha linda, que assim viera a ser chamar Beatriz.
Eu estava literalmente realizado, mas não esperava uma rasteira do destino...Estava tudo tão bem, até...
Meu único e grande amor adoecer. Foram momentos de verdadeira angústia pra mim.
Um dia, ela estava na varanda, deitada numa daquelas camas ou cadeiras, sei lá – de piscina. Quando me pediu para descer e comprar uma caixa de Ferrero Rocher que tanto gostava. Ela já tinha apresentado melhoras. Mas de repente, ao voltar, me deparei com o pior momento da minha vida...Ela estava morta. Foram seis anos juntos após nosso grande reencontro. Fiquei desesperado, tentei me matar e tudo. Eu estava literalmente acabado.
Um dia, estava como minha filha debaixo da mesma árvore, onde tinha pedido meu primeiro e último grande amor em namoro. Nesse dia encostei-me ao tronco da árvore, e fiquei admirando minha filha dormir em meus braços.
Num repente, senti um suave perfume... O perfume que ela costumava usar. E foi daí que dei o cordão dela a minha filha. Justamente no mesmo lugar que tinha dado ao meu amor.
Outro dia voltei e sentei sob os hibiscos, e entre um pensamento e outro acabei por dormir...E então, tive um sonho que ficará marcado para o resto de minha vida.
Era ela! Parecia um anjo.
E, logo após acordar, eu via seu espírito – puro e belo.“O amor se materializou para mim” –Assim eu dizia. No mesmo dia mudei! O amor por ela era tão intenso e lindo, que em vez de “acabar tudo”, por que não esperar...
Voltei a rever os amigos, e me abrir dizendo que descobrir, que me matar e se entregar às sobras do sofrimento não irá trazê-la de volta pra mim. Lógico que vai sempre ficar uma saudade. Mas eu sei...Eu sei que um dia estarei com ela de novo...Lá no céu!
E o meu amor e a minha fé nisso, me trazem forças e coragem para viver e esperar...Deus sempre sabe o que faz...E eu não irei entristecê-lo, me deixando cair sob total e inconformável amargura...Não mesmo!
É preciso mostrar a todos que o amor é forte. Que o amor é eterno e, é só por ele que vale a pena viver.
Tenho aqui na terra minha filha, meus parentes e amigos...
E eu sei...Eu sei que um dia hei de viver ao lado dela, tudo aquilo que sonhei aqui na terra...E Deus é testemunha disso!
Depois de ter dito tudo isso, fui ver o mar com um amigo... Era um finalzinho de tarde e não tinha praticamente ninguém na praia... Mas quando estávamos se banhando a espera de uma “onda perfeita”. A praia não parecia tão vazia pra mim...Eu acenava para uma linda pessoa, que só eu via...


...E adivinha quem?

sábado, 2 de maio de 2009

Sublime metade

Hoje eu acordei sentindo falta de mim... É aquele " velho " conceito do complemento - a metade desprendida de um mesmo todo em algum momento de nossas vidas, que se perde em alguma dimensão do cosmos etéreo. Essa tal parte que harmoniza e completa, é feito um pórtico [ porto seguro ] à espera de seu timoneiro - que sabido - ele, em cais aporta e descansa deitado sobre o mar, bem como relaxa sob os ventos oceânicos...

Nosso amor

Rio sozinho - as vezes...Pensando, lembro do gosto; sinto na boca aguar a doçura dos beijos.E o gestos sinceros em mim, marcaram qual se fossem poesias d'alma, emoldurando-se - pra sempre - feito retrato em sépia de um momento bom.
Dos amores que tive, acreditei ser amor...Não! Não as amei como imaginara, me enganei em tais julgamentos. Fora traído pelos meus sentidos...Mas hoje eu sei; tenho certeza...
...Dessa vez foi pra valer. Sabe por quê ?
Simples: Me fizeste ver cores e flores que antes eu não via.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Uma noite e meia

Algumas pedras de gelo em uma taça levemente gelada sobre a mesa, era o começo de uma noite marcante para um exímio sedutor. Um Dry Martini dava sabor aos lábios, antecipando o que seria depois de alguns olhares lascivos – a oculta vontade, finalizada em desejo explícito sobre uma curva bem definida.
Olhares atentos e clivados sobre o decote, desejavam subjugar aquelas pernas, aqueles seios...
Enfeitiçados e incitantes, convidavam os seus sentidos todos a um desfecho de carne.
Ela, mulher de classe e requintada do alto penteado aos pés – era uma linda dama, se colocava a duas mesas de distância de seu “flertor”, que ela ainda não dera conta – não notara sua presença.
Cruzava e descruzava as pernas de maneira sensual – impossível não notar os movimentos delas, que eram provocantes a quem as via - num movimento cheio de intenções para os olhares alheios, atiçando a cada gesto os desejos de um homem sedento por uma noite apenas.
Para esse homem de sorriso malicioso que morava ao canto da boca entreaberta, satisfazer-se no gozo de um encontro notável, era seu passaporte para se acabar no deleite de uma chave-de-perna...
Sua respiração começava a ofegar...
Então largou a sua taça na mesa, com meia dose de Dry.
E sem muito hesitar levantou-se...Indo ao encontro daquela mulher de cabelos loiros, longos e soltos – que muito sugeria a qualquer homem que gostasse de dominar uma fêmea.
Só que no meio do caminho ele resolvera outro intento – tomá-la por trás. Com uma atitude inesperada e selvagem, encheu a mão naquele decote safado, lhe tomando a boca de supetão de modo a deixar tudo ali visível aos olhares atônitos. Ele apertava os seios no compasso que a beija os lábios, de tal maneira que não havia respiração por parte dela, só gemidos e soluços silenciosos. Decorreu-se mais alguns segundos de beijos, em seguida escorregou a boca para uma de suas orelhas, chupando-as num movimento de ir e vir: mordiscava toda a maciez dela e penetrava a ponta da língua adentro.
Após a cena típica de filme americanizado, trocaram alguns olhares cansados como de quem tinha terminado de fazer amor.
Papilon Motel a 500 metros. – Dizia a placa.
Uma noite e meia de prazer; um lugar e mil estórias pra contar...
A boca máscula se metia entre as coxas, que tensas retraiam-se num sugar perfeito sobra a...
– Minha nossa! Que homem é esse...
Ela gritava louquinha de prazer.
E em torpor dava gargalhadas de tesão, pedindo mais e mais...
– Vai, me fode com vontade, seu safado sem vergonha! Agoraaaa...
Ele a fodia com tanta emoção, quase à beira de um ataque cardíaco.
– Você é um cavalo! Agora eu quero lá... – Ela pedia.
– Onde você quer, sua vagabunda?
– Uhm, amor. Gostei...Sou tua vagabunda.
E completando, ela respondia:
– Eu deixo por sua conta decidir a melhor entrada.
– Então ta, façamos o seguinte, deixa a noite rolar e no meio do caminho a gente decide o melhor trajeto...
Foi uma noite inteira – reto anal...
A madrugada gemia tão lânguida que apenas ouviam-se os sussurros suados dos corpos, sobre a cama que registrava uma noite e meia.

Um Anjo

Era bem cedinho, antes do sol dar a face para o mar beijar. Eu caminhava tão leve sobre a areia macia daquela praia de inúmeras dunas, observando toda a experiência visual que o mar me oferecia naquele momento. Que maravilha – eu pensava. Sentia até vontade de “cair”, ou melhor, pegar ondas, mas o que eu queria mesmo era “ver” um anjo.
Seguido alguns passos à frente, me pus a sentar um pouco – sobre um montinho de areia que fizera para que pudesse refletir confortavelmente de frente aquela imensidão de paraíso infinito. Sentado, comecei a contemplar a natureza ao meu redor...Era uma harmonia fantástica! O céu; o oceano; o vento; as ondas, tudo era lindo demais! Daí começara pensar, e por conta disso vieram à tona as lembranças de outrora – um amor passado, ou melhor...Um desamor: “Ela se parecia com o amor, e eu me apaixonei, mas ao fim fora uma ilusão perfeita – frustrei-me” – eu pensando.
E por ter reprisado em mente mesmo por instantes, acabou resultando em lágrimas, aquelas breves lembranças que ainda estão guardadas em mim... Chorei e pedi ao meu anjo para que me ajudasse a caminhar, sempre com amor e também a conseguir tudo que sonhava.
Eu sentia que alguém estava me escutando. Logo comecei a “conversar” com esse alguém. Eu realmente sentia a presença de algo; então contei a essa “pessoa” sobre meus sonhos, tristezas, minhas ideologias...Mil coisas! E conversei mesmo! (sozinho).
Assim que eu me “desliguei” um pouco, avistei uma bela mulher com trajes leves, caminhando e sorrindo sozinha. (já havia amanhecido). Ela era linda! Eu olhava em sua direção e me sentia tão bem. Achava que já a conhecia de algum lugar. Comecei a ficar nervoso, sabe por quê? Por que ela começou a vir em minha direção. Sem saber o que fazer entreguei-me ao sorriso.
Quando chegou onde eu estava – ela, com uma mão na cabeça segurando o chapéu e a outra carregando as sandálias, me perguntou com um leve sorriso:
- Posso me sentar aqui um pouquinho?
É claro que, “deslumbrantemente” respondi:
- Sim!
Eu poderia pensar mil maldades daquela situação, mas não!
Ela tinha um perfume maravilhoso.E com a pele clara mais os longos cabelos ruivos, ela começou:
- Isso tudo é tão belo, não é?
- É – eu respondia.
- E o que vê?
- Bem...Vejo o mar, as ilhas, o céu, as ondas, a areia...
- E o que mais?
- Acho que só.
Ela me tratou de tal maneira...E falou comigo como se conhecesse há anos, eu idem.
Seguidamente ela dizia:
- Pois temos uma nova lição, meu velho amigo. Jamais limite sua visão. Faça dessas coisas que te deslumbram, o seu mundo.
Um mundo, onde tudo pode ser “perfeito”, com amor e paz...
...Veja todas as coisas com a pureza do seu coração e terás um novo mundo... Um mundo não menos real em face ao das outras pessoas. Porém, um...Cheio de amor e sonhos a serem realizados.
É por isso que sempre digo: “nenhum lugar irá te revelar a verdade. Você poderá está em todos, no entanto, você só encontrará em si mesmo”.
- Você é um “anjo”? – Perguntei.
Ela deu um leve sorriso e, dizia:
- Nossa! Eu pareço?
Em seguida segurou-me a mão e disse:
- Muito obrigada!
Depois se levantou e sentou-se de frente a mim. Nesse momento segurava as minhas mãos para me revelar:
- Eros...Agora é o momento! (eu pensei que ia morrer).
“Calma, você não vai morrer agora!” – Dizia ironicamente. (continuei cismado do mesmo jeito).
E assim ela continuava...
- Lembra de todos aqueles seus pensamentos? Não os alimente mais, pensando a todo o momento. Dê uma chance a você mesmo...Dê apenas uma chance para a força de seus sonhos.
Alimente seus sonhos e objetivos, sempre com disciplina, otimismo e coragem. E continue com seus escritos. Além de você mesmo, muitos irão te agradecer...
...Guarde essas palavras com você, Eros.
Nesse momento ela se levantava e olhando para o céu, proferia:
- Eros, não se preocupe com as pessoas, ou até mesmo se prenda a elas – a dor reside no apego. Nós aqui, o admiramos muito assim do jeito que és...Detalhe: tem muita gente a sua volta que acha o mesmo, pode acreditar em mim...
E completando, ela dizia tão suave:
- “Qualquer dia iremos nos encontrar...”.
Nossa! Essas palavras soaram aos meus ouvidos como algo tão essencial, mas que ao mesmo tempo me assustava. Nunca tinha tido uma experiência como aquela antes, fora obra de Deus, ele ouviu meu pedido.
E assim, ela virou-se e começou a andar...De repente olhou pra trás e voltou numa corridinha breve, até onde eu estava e disse-me:
- Ah! Volte a tocar o seu violão para as estrelas. Eu e seus amigos lá em cima adoramos, e estaremos sempre perto para ouvi-lo. – Ela dizia essas palavras com uma voz de veludo e um olhar encantador que parecia se referir a outras coisas, também.
Deu-me as costas e finalmente se pôs a caminhar – fora embora...
“Eu e seus amigos lá em cima...”. Ah! Essa frase não saiu da minha cabeça. Ela realmente era um anjo. Até hoje me lembro e choro com tamanha saudade.
Parece que eu já a conhecia...
Em um sonho ela voltou e disse: “Eros, não precisa ficar com essa saudade que te sufoca e o deixa em prantos, eu estou em carne e osso também, bem próximo a você. Talvez você saiba quem é... E brevemente você terá certeza!”.

Mas mesmo assim, ainda sinto saudades...

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Uma fantasia ousada

Oito horas da noite numa quarta feira calorosa, isso no ano de dois mil e dois. Eu e uma certa Ex-namorada estávamos sentados num banquinho sem vergonha, que não era nada confortável.Dava apenas pra três pessoas. Ele ficava debaixo da árvore em frente ao nosso portão. E essa árvore fazia uma certa sombra, que era um tanto sugestiva para o momento.
A rua onde morávamos era sem saída, só havia um lado para entrar nela e no fim dessa ruela, ficava a nossa calçada.
E lá sentados ficamos por alguns minutos...
Quando ela pra quebrar o silêncio, disse:
– Amor, quero chupar!
Eu:
– Quê! Nossa hein, você está me saindo uma verdadeira safadinha. – Dizia isso com certa maldade.
Ainda bem que era tudo escuro ali, víamos todo mundo que passava, mas ninguém nos via. Então eu permitia a vontade dela.
– Vai, cai de boca!
Ela caía cheia de vontade, sugando tão forte que eu passava mal de tanto prazer, chegando até apertar as pernas de tesão. E com o passar do tempo, ela foi se tornando uma profissional nisso. Parecia uma vagabunda experiente, ia até o fim, colocando de maneira silenciosa a criança todinha na garganta. E depois fazia um pompoar dos deuses, que tradicionalmente era feito com a vulva, mas que nesse momento ela se arriscava com os lábios – um trabalho voraz de sugar, apertar e expulsar.
Logo depois ao levantar a cabeça e limpar a boca que estava estupidamente banhada a mel, de um jeito como se tivesse meditado longamente para me dizer o que pretendia, deitou a cabeça em meu ombro e soprou-me numa orelha:
– Olha, se quiser podemos fazer daquele jeito.
– Que jeito seria esse? – Surpreso eu perguntava.
– Vou te mostra qual é. – Ela completava.
Notei que a modulação de sua voz tinha alterado naquele momento, seus olhos cintilavam no sincronismo de um sorriso cheio de malícia, que despertava em mim a fera adormecida.
– Anda, vem comigo! – Ela.
– Sim, vamos! Eu respondia.
Nem imaginava que era a casa do vizinho onde ela gostaria de fazer gostoso comigo. Isso muito me agradou, mas não pude deixar de lembrar o fato desfavorável de que a porta e as janelas se encontravam acesas, meio que espreitando o que se passava em sua volta. Mas se tratava da casa debaixo, não a casa de cima, que era a do proprietário dos imóveis daquela área. Essa casa debaixo estava vazia e literalmente no escuro.
Receava um pouco aquela maluquice, mas também não podia deixar de dizer que mesmo assim para os meus sentidos, executar uma fantasia na iminência de ser pego, me dava um tesão da porra. Era uma das loucuras amorosas que eu mais gostava – correr o risco.
Invadimos o tal recinto e tomamos como base aquele velho tanque que convivia no frio de um canto escuro: ele presenciou o gemido de uma ousada fantasia.

Até a eternidade

“Há tempos não pertenço a esta existência – saí à francesa: um finado prematuro – sou”.

Três mil metros de altura: um penhasco...
É o que separa um corpo da eternidade presente aos olhos.
De braços abertos num olhar úmido – pensamentos soltos; dispersos...
E um coração cansado de sofrer na escuridão de um peito amargo.
Lentamente fecham-se as janelas d’alma, ao passo da queda...
Externando uma lágrima – perdida ela fica – no vazio do espaço.
Antemão desfalecido o corpo, ele cai...
E a descida se torna longa e carregada de pensamentos que viajarão existências.
Uma saudade do que parecia ser amor, mas que não foi...
Dentro de tudo que houve; do que não foi nada...
Além dos nadas que não havia.
Nada, de fato houve: fora apenas uma reles história conotativa...
Da ilusão sensorial imitando a vida.
Eis abortado ao chão...
E até lá...

Além da carne

Descobri que não era a presença física dela, que eu efetivamente sentia falta, mas sim a figura essencial que se fazia presente aos meus olhos em todos aqueles momentos compartilhados, como também o sabor de seus beijos, os toques de suas mãos e a beleza de uma voz naturalmente suave, que se mostrava aos sentidos em tons de veludo, marcando para sempre minha vida.
Eu a amava, não somente pelo que ela era pra mim, mas também por tudo aquilo que eu fui estando a seu lado. Hoje não nego a falta que sinto dela, uma saudade bem diferente das outras. Sei que ainda continuarei sentindo, enquanto vida tiver para sobreviver.
Nada (absolutamente, nada), vai apagar o que provei - uma lembrança forte, bela e suave...Afixada de tal forma na alma para ser eternamente lembrada.
...Curtimos um semestre inteiro com muito mais amor e desejo, do que muitos casais que viveram uma vida juntos. Fora tão intenso que marcou feito tatuagem na pele...

Ainda sigo te amando...

Amar

“Já vi a face reluzente do amor. Provei o mel da fonte que concebe o mais puro néctar das flores, mas tive o fel como o efeito de um pólen desprovido de olor. O amor é uma flor belíssima feito tulipas e orquídeas do campo, que são dotadas de um encantamento fascinante como a Vênus - que se mostra em beleza incomparável, perante seus reles mortais admiradores”.
Amar não é um definho quando se perde alguém, mas o respeito no entendimento de que ela (e) se foi porque nunca fora sua (seu).
Incondicional é o mesmo sentimento, quando não mais em alguns abraços - dar asas ao bem querer, para voar em qualquer lugar que deseja estar.
Tão essencial é o amor, um estado de espírito puro, leve e solidário: “Te quero bem assim – para sempre, seja onde for, mesmo que em outros lábios estejas”. Em sua plena essência nos tornamos muitas vezes amantes surreais. Sentir essa sensação de amor-eterno e ter o sentidos aguçados – está pra todos, assim como a vida. Porém somente os mais puros e evoluídos corações conseguem provar dessa maravilhosa sensação concebida por Deus – nosso senhor. Amar é o sentido da vida...
Ponha amor em tudo que faz, e receba amor de tudo que fez. Sem amor não somos nada!

Aos meus olhos

Que os meus olhos em silêncio...
Digam as mais belas frases de amor.
Em face de ti, que agora me vem como o vento...
Tímida, tão bela assopra o canto dos deuses cardeais.
Ao passo de beijar-me a pele tão suave; tão leve...
Que ao meu olhar, eu possa chegar até sua alma.
E aconchegar-me em seu coração...
Feito pássaros divinais...
Que se deitam docemente ao ninho em canção
E sobre os mares, deitar-me lânguido de prazer e alegria...
Para saciar-me o encanto de vê-la se pôr ao horizonte
Que seja intenso e lindo, ao passo que instigue os sentidos.
Tal que estejam plenos em nós.
Que seja assim, um sonho sem fim.
E até...Aos caprichos do mar, se entregar.

Mix Bela

Tão linda era ela...Tão bela.
Vencido fui pelo fascínio.
Minha lembrança eterna.
Mix bela...Amor exímio.

Externa beleza me farta o íntimo.
Interna sensação de amor.
Mas não, fora paixão.
Demasiada volúpia, torpor...Langor na dor.

Envolvente fui...Eu a seduzi – pensara.
Do enfeite, doce afinação era o nosso amor.
Profundo e intenso...Lindo infinito.
Findar de tudo – eu – fui o persuadido.

Do Amor...

O amor é tudo que sou; tudo que sei fazer.
Provim de lá – Do amor...
Eu nasci...E pra lá, voltar-me-ei.
Eu sou amor...Sou desejo e prazer.

De volta ao oásis estarei
Para adormecer nos braços da essência.
Eu como Eros e você... Afrodite
Ou quem sabe talvez, minha psique...

Uma parte de mim é mistério.
Outra... Desejo, e...Outras tantas...
Amor...

Do amor efetivamente fui concebido
Com ardor...Em atos envoltos de olor.
Em cantos de dor.
Eu sou todo amor...

Eu queria...

Mais que o reluzir dos seus olhos eu queria.
Para de você intimamente poder lembrar
Queria um afago, um forte abraço.
Afim de aquecer-me nessa noite longa e fria.

E em ventos “sulenses” que passam por mim
Não sinto meus sentidos – longe daqui.
Tal é o desejo maior que me envolve o íntimo

E uma palavra antecedente a um beijo, queria ler.
Como a química de compor – queria ter versos de amor.
E da mais bela flor um ramalhete de cor.
Queria ver você em mim...Enfim, só pra mim.

Pecado Original

Mordiscados lábios de lado
Frente ao alheio
Explicitam intenções e aos rostos evidenciam
Entreabertos labiais

Já ereto se põe o médio paralelo ao indicador
Entram rígidos além molhados...
Nos lóbulos salivados como mel...

A eles dão brilho melado
Que ao fim quase garganta
Em prazer se desfaz no linguado apertado
Externo abortado se faz

Para de modo já imergir
Em Monte de Vênus e cair
E de lado ficar ao vento, hasteado

Qual se fosse mastro latejante e impávido
Sob ato pudico até o fim se vão...
Nas ondulações profundas como lados iguais
Que comprimem todo o pecado

Feito boca que aperta até a goela vazar
Tão repente impulsivo...
Sobre o labiado superior brinca...

Doce retorno à fenda que principia
Tal orifício “vulvaLAR”
Dedilhando inferior em sincronia
Com o encanto intra...

Suaves bochechas lisas
Lisura, língua, labíl, labiosa...
A Libido.

O sentir que eu ainda não sei

Não sei sentir – ainda – tudo e de todas as maneiras.
Bem como viver tudo; de todos os lados.
A mesma pessoa ser em todos os modos.
Realizando em si toda a humanidade...

Com solidariedade em todos os momentos.
Momentos de amores; sabores tão doces.
Num só momento difuso, profuso...
Completo e longínquo.

Você não está aqui.
Mas mesmo ausente...
Um dia aprenderei a sentir.

Incitação

À meia noite; à meia luz...
Fazer amor a todo vapor
Fazer gostoso, do jeito que for
Vem pra mim, vem sim...

Beija aqui, de um jeito assim...
Num ósculo gostoso, sobre o corpo meloso
Em perfeito amplexo, beijo convexo

Desejo insano, realizado no encanto
Doce canto seu, como sereia aos meus pés
Debaixo dos lençóis de seda dei-me a missão
E a ti todo o tesão.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Braços abertos à espera...

Lembro-me como se fosse hoje, eu sentado naquela areia macia da praia – à sua espera, morrendo de saudades. Uma saudade que invadia o peito e apertava como se fossem abraços de quem se despedia por uns tempos...
Esperava-te...
O dia dava o ar da graça tão suave e sugestivo, que de clima morno revestia minhas intenções de tal maneira a embriagar-me de vontade...Como eu a queria naquele momento tão perto de mim.
Deixava minha imaginação fluir solitária, sem esperanças de partilhar o desejo que me vinha como uma “presença de Anita” – que no meu caso seria presença de Eros.
Ela fluía...
E ao passo dela...Eu me colocava de pé, com os braços abertos formando um ângulo de cento e oitenta graus, como se fosse envolver o mar em meu corpo. Em seguida, permitia ao vento que me soprava as maçãs do rosto, trazer o teu perfume que era preferido pelo beija-flor.
Quando...
Entreabertos mantive os olhos e pude sentir sua presença em olor. E na mente a passar a lembrança de seus cabelos soltos – eles dançavam dispersos quando você corria em minha direção.
Que maravilha! – eu pensava. Era tudo muito bom: os raios de sol; o assopro dos ventos e o som das ondas nos balanços dos mares, que teimavam beijar-me os pés.
Fantástico! É como se flutuasse...Eu posso sentir! – Pensava comigo.
Era perfeito o amor. Os toques foram muito mais que simples toques.
E disso tudo eu aprendi...
A dizer te amo, quando tiver a certeza íntima de ser amor. E, tão logo me despedia dos mares, voando com emoção.
Hoje eu sei que te amo mais que ontem. Mas para onde fora meu amor?
Longe em algum lugar, tocava: “... não olhe pra trás, apenas começamos...”.
...O amor é como a filosofia, não se estuda – vive-se! Eu aprendi amando até doer...

Atentado ao “Cudor”

Éramos um casal engenhoso, fazíamos sempre diferente... Sempre havia algo de novo e insano, no mais ousado. Eu não podia reclamar das fantasias dela, isso porque me enchia de muito prazer, visto como safadamente usava de seus atributos erógenos.
Certa vez a peguei de modo que fizera dar o rosto à parede – ficava ladeado.
Nossa! Eu achava aquilo delicioso demais, pois judiava à minha maneira, ali impávido e taludo comprimindo meu sexo nas profundezas – “a claridade ilumina as trevas e ela não a compreende”. Também não podia deixar de dizer que ela mantinha os braços para o alto, cravando os dedos naquela imensidão de parede, qual se fosse escalá-la – Era um tesão filho-puta...E ela dizia enfraquecida: - acho que vou morrer.
O espírito dela parecia sair pela boca. Em cada ida eu a comprimia mais ao canto, currando de tal maneira que seu rosto já lânguido deixava mostrar um misto de prazer e dor. Num suor torrencial, ela gemia bem baixinho: - Ai amor, ai...Eu adorava ouvir seus sussurros de aflição. Já de um modo estúpido enchia meus dedos naqueles longos fios de cabelos, os puxando vigorosamente pra trás, e numa dessas puxadas...
– Isso, vai! – Ela pedia pra acentuar a força.
Com a mão direita eu segurava em um dos seus seios. Ela ficava louquinha. E continuava a “curra-lá...”.
– Ai, seu cretino F...Pára! – Gritava.
E quanto mais ouvia dizer “pára”, mais fundo eu atingia.
Sexo ou travessuras ? – Perguntava sequioso.
A safada respondia:
– Os dois – Sexo com travessuras!
Fora apenas algumas preliminares dentre as várias possíveis...

Femme Fatale

No findar de uma tarde tépida, caía o sol nos mares de Poseidon.A maresia era tão suave que beijava em silêncio a face de um homem, remetendo a mais gostosa saudade - esta, que relembrava momentos incitantes de um amor que ficará eternamente subjugado à alma...
E dizendo baixinho pra si mesmo, ele: – Aquela beleza natural que se fazia presente aos meus olhos, enchia-me de tantas emoções a cada gesto...
Ela foi pra ele ambígua e dissimulada nas frases, sempre as subentendendo. Um joguinho safado que parecia não ter fim – isso pra ele – mas, não duraria pra sempre.
Também a seduziu, proporcionando a ilusão perfeita de um desejo: “domou a mente e depois ganhou o corpo”.
Enquanto sentia o vento soprar as conchas de seus ouvidos, fechava os olhos para ver em mente feito reprise as palavras que soavam dos lábios dela, tudo o que vinha... Era:
– Queria jogar uma das pernas em você. – Dizia ela.
Ele maliciosamente com um leve sorriso:
– Ao invés de jogar as pernas, porque não o corpo todo?
– Você me instiga os sentidos meu amor, és o encaixe perfeito pra mim. – Respondendo com aquela cara de safada que só ela sabia fazer, mas que em suma excitava muito só de ver.
E completando, ele:
– E você a medida exata para os meus prazeres ardilosos.
Após a conversa lascisa, as mãos percorreram soltas na silhueta dela, exímias eram na arte de envolver cada limite daquele corpo, que naquele momento ainda o pertencia.Foram muitos os delírios, suspiros e sussurros que ao fim, não houve se quer um fio deitado.
Aos poucos desnudava os olhos, ao passo de perceber que não se passava de lembranças, apenas...
...Uma lágrima cadente se perdia naquela imensidão de mar...

Desvirginado prazer avermelhado

Toda sinuosa...Vinde a mim em dança do ventre! Sois que de finos passos disciplinados, fazem de mim fiel escravo dos seus desejos – um servo leviano do prazer que emana de ti. Oh! Libertina inspiração...
Gozar-te-ei em prantos ardentes ao ver-te jogada aos meus pés. Eis, que a espero prontamente em pose de ataque, para tão logo, invadir terreno selvagem e quedar meu peso no teu corpo – meu. E o júbilo incessante que preenche meus dedos, a dominar teu sexo: do alto penteado ao rosáceo pedúnculo – Aí consiste todo o meu pecado.

Vai-se a pureza dantes revelada duma alma pura e livre dos prazeres mundanos. Fora na ventura um delíquio louco que fizera manchar a inocência de uma flor. Ria-se o coração na boca – toda, assim como a mesma alma, ia-se completamente perdida em lábios sacanas.
Para sempre marcara a brasão uma ninfa...Era uma mordida na ruela que paralelamente convivia na esquina...Entre pernas.

Para sempre em mim

Eu lembrava...

Agraciava com suave enlevo a ampla paisagem que os meus olhos vislumbravam.Eles retratavam com exatidão – fielmente – a face mais intensa, profunda e avassaladora de uma paixão.
Foram bons momentos; a permuta íntima – mútua, que se deu num semestre inteiro com mais amor e prazer do que muitos casais ao longo de uma existência.
Agora o vento que passa por mim, ao beijar-me a pele bronzeada, revela-me a saudade mais gostosa...Saudade de um rosto lindo; de um olhar esverdeado e de curvas perfeitamente definidas.Tentei conter-me ante as lembranças de um passado vivo. Mas era mais forte que a minha vontade de não reprisá-las - julgo impossível! Não conseguia deixar de elevar o pensamento nela.A única que conseguiu até então existir dentro de mim.
Hoje externo com clareza e lisura: Jamais provarei os calores; os pores do sol sem ao menos lembrar de cada detalhe. Foi tudo muito lúdico. Os melhores dias dentre os quais já provara e que provavelmente não mais terei nesta vida.
Tão lindo foi aquele amor profundo, intenso e lascivo que me enchia de emoção cada vez que via seu rosto estampado na memória, como um longa-metragem de amor essencial.
Sabe, se algum dia lá...Lá em cima alguém me perguntar de quem mais gostei...
...Certamente direi:
– Foi DELA!

Saudade ao vento

A paisagem que passava rápida fugia aos meus olhos.O vento no rosto era bom e refrescava a pele, me conduzindo a certas lembranças - pensamentos que vinham com o assopro dos quatro mares. A tarde era bela, leve e de céu aberto fronte ao mar. Em pleno trajeto sobre duas rodas eu não resistir à beleza daquele paraíso infinito, que seduzia ao fazer-me lembrar dela.Logo parei, e no acostamento rente à beira do pequeno gramado que fazia a divisa da estrada aberta e a fina areia macia, deixei inerte minha Harley Davidison descansando sob o sol que fazia lembrar... Caminhei em direção as ondas, entregando-me aos caprichos do mar - o respirar era sincrônico com os movimentos delas, que brancas feito algodão beijavam beira-mar...Elas iam e vinham, exalando sons que acariciavam todo o íntimo, amaciando sedutoramente meu corpo interno. Imergido nesse tépido crepúsculo; num misto de prazer, fantasias e memórias de um dia que ficou... Dela eu lembrava com amor e saudade.
Eu amei...
E acreditava numa realidade ordenada que só os meus olhos podiam ver.Tamanha era a beleza de toda aquela cena visual que me abracei essencialmente em silêncio.
Enquanto no meu radinho, tocava: “... Lembra quando a gente chegou um dia acreditar... Que tudo era pra sempre... Sem saber... Que o pra sempre... Sempre acaba...’”.
E ao som da Legião, seguia...
O que eu busco está além da superfície; além do horizonte...
Suavizado ao vento - o rosto.Eu chorei...
...Vou morrer de saudades!

Por que loiras são louras

Óbvias oxigenadas...São seres de inteligência exótica.
Eu disse inteligência? Quiçá!
Amarelas, pálidas peruas. Quando pintadas, o vermelho nos pés denuncia – Cheguei!
Elas estudam com passos irregulares o chão que pisam, quão fosse desfilar em passarela – Convencidas!
Ah! Seu cerebelo é símio, dotado de dois - únicos - neurônios “faquis”, e de um fio oxigenado que – dentro da cabeça oca – vai de uma orelha a outra as sustentando. E se cortado - o fio? – Eu te pergunto.
O cinema anuncia: Atenção, atenção... Romeo And Juliet em cartaz!
E lá está uma loira na fila:
– Boa tarde! Duas entradas, por favor.
Responde a atendente – Boa tarde, Senhora!
E completando – Entradas para Romeo e Julieta?
A loira inocentemente, disse: - Não, não...È pra mim e pro meu namorado.

Sexo Passional

A mão puxava cuidadosamente aqueles cabelos soltos – dela.
Compridos, eram belos castanhos.
Tinha uma pele da cor do pecado - tez dourada
Sobre o efeito sensual de seu maestro, o pescoço se fazia inclinar.
Numa posição que convidava qualquer espectador a consumir toda extensão delimitada
A passear a boca e deslizar a língua até calar o corpo nos braços
Atiçando desejos e corações, elevando pelo ares em tanta tentação.
A pequena haste é a ponta da língua sacana
Sobe e desce feito criança
Em sensações com prazer
E comprazer em alegria
...De corpo e alma.
Ao passo de curvatura corpórea pra trás
Meio caminho a perdição
O macho a domina em braços com toques suaves
Sua fêmea languida
Uma boca feminina entreaberta para o ar
Ecoam sons que vem de dentro – já suados
Gritos íntimo, vontade de sair e voar...Quiçá gozar
Ser possuída subitamente
E o calor saindo de entranhas quentes da rotina da pele
Que arrepia sem cessar
Dos poros, das entranhas...Vulva saltitante
Lateja com força feito pulsar de veias cefálicas
Ah! É duma beleza lisa e quando podada melhor ainda
Contornada e levemente aveludada ela fica
Sensacional!

O Pervertido

Admiráveis eram as pernas daquela guria de nome Emanuelle. O pecado fora feliz ao concebê-las bem torneadas; livres de marcas e manchas. Toda brilhosa e lisa que despertava os desejos pecaminosos de qualquer homem que as visse. Entre alguns vestidinhos, sejam eles longos, ciganos ou mais curtos, em passos seu corpo se fazia esculpir por suas vestimentas que davam certo valor ao conjunto. E envolvido por um suave vento que vinha do sul – ligeiramente frio – balançava suas sedas de modo a explicitar os belos dotes daquela silhueta maravilhosamente definida. Dava calor de ver; dava apetite de...Ah! Era um digno banquete dos deuses.
Emanuelle era casada com um jovem Kadet da força aérea brasileira. Rapaz pacato e de porte físico mediano. Seu nome era Enzo. Tinha uma pele castigada pelo sol – julgo moreno jambo. Seus olhos eram o verde oceano, que em contraste a sua cor, mostravam uma beleza estonteante aos olhares alheios que espreitavam cobiçosos. Ele tinha o costume de chegar em casa por volta de uma e meia da madrugada, mas nesse dia fora diferente.
Resolvera então fazer uma surpresa a sua amada amante, que repousava em silêncio no seu ninho de amor. Ao entrar em casa, tirou a roupa num impulso animal, indo ao encontro de seu quarto – lá estava ela, feito um anjo caído...Mas toda aberta sem pudores e sem maldade – era tudo que ele queria. As mãos coçavam naquele momento, e uma delas...
...Dos pés, subia num compasso lento, que logo mais se limitava ao joelho – além, não.
Repentinamente descia vagarosa até certa parte, mas ao meio mudava completamente o destino – já estava nas vias da virilha.(...) Ela acordou sentindo arrepios, e uma forte necessidade de ser consumida. Continue, amor. - Ela pedia com ardor. E prosseguindo em sua fantástica aventura sobre cada passo...Ou melhor, sobre cada dedilhada, incitava a mulher que existia nela, explorando os mistérios que sua alma erótica ocultava: ria-se o gozo adentro daquele corpo.(...) Descia a mão...E por um instante sumia dos contornos íntimos, que para ela remetia a fim de travessura pervertida.Dobrava-se – toda – extremamente excitada. Mas não imaginava que o melhor ainda estava por vir.A mesma mão retornava de solavanco, só que dessa vez furiosa, agressiva e selvagem sobre a renda que vestia com carinho a deusa clitóris – de lado o tampa-sexo fora desprezado brutalmente.
De lado ela ficava para que dois dedos inclinados pudessem ganhar o fundo, as ondulações profundas.

Vulgare

Meio Lolita, era seu jeito de ser...Suavemente Anita – pele, rosto e ardor...
Ser mulher, ora menina...
De palavras dúbias...
Ditas, elas acompanhavam o despertar maroto dum sorriso...
Revestindo intenções passionais de grandes possibilidades...
Despia-se sem pudores das sedas em alto-relevo, que davam cores ao corpo angelical e divinamente esculturado. De alma leve e perenal, se desfazia estirada na cama qual se fosse borboleta em flores. Lânguidos braços abertos à espera...Ah! À espera d’algum ato pudico.
Era todo torpor...

Eu estava louco naquele dia; louco no sentido conotativo é claro.O tesão era imenso, eu até diria “galáctico” – da porra vice. Era das galáxias mesmo. Senti por ela, o que jamais sentira com as outras – como o próprio termo já diz: “outras” são as outras. Posso até dividir minha vida amorosa em duas fases, pré-ela e pós-ela até então. Que maravilha! – eu pensava, isso olhando pra Íris. Meu olhar era tão penetrante que ela retribuía-me na mesma intensidade, só que um detalhe, eu não esperava um repente dela sobre meu colo, de modo que pude receber sua pronta colaboração. Tomei de partida toda a extremidade lisa do seu pescoço que ficava noventa graus pra trás, estava tão inclinada que não via mais os lábios e sim, os seios fartos que Íris me ofertava, e tão afoito fui, que num súbito ato selvagem, rasguei todo o decote dela e em seguida caí de boca “matando”.
– Nossa! Seu cretino, safado. Assim que eu gosto, vai! – ela gritava louca de prazer.
E, eu me comprazia ao ver toda aquela cena vulgar, sabe. Logo me pus de pé, mesmo com ela em chave-de-cintura. Minhas mãos impávidas seguravam cada uma de suas polpas as mantendo fiéis sobre o galho, como se fosse um mastro hasteando uma bandeira.
Aos gozos da volúpia – ela:
– Ahr! Assim você acaba comigo. – Dizia em tom baixo, já cansada da surra.
– Cala-te a boca e me beija, safada!
– Sim! Eu faço tudo que você mandar.
– Agora desce! – Eu exclamava.
Ela descia...Desceu irrefletidamente com muito gosto que, já ajoelhada aos meus pés, não era mais algumas palavras sacanas que preenchiam seus lábios molhados e sim um certo volume acrescido. Só dava ela. Desejosa, colocava toda sua alma na ponta...Tão habilidosa na arte que pude sentir no fundo tocar – suas cordas vocais. Fora uma estocada sensacional, injetando todo o meu prazer além-garganta...

Semi-virgem

Uma clava umedecida e inclinada ao pecado de uma fenda demasiadamente suada - ela enlouquece em sensações. E o sumo lubrificante que escorre sobre a glande, reveste a impávida haste num impulso voluptuoso e avassalador.
Vai-se um indicador paralelo ao médio, e os anéis de saturno lhe contarão boas histórias...
As mãos sedentas daquele corpo esculturado, dedilhavam dispersas no ar – sem cessar – loucas pelo prazer meloso. Ele másculo ereto ficava a três passos de toda felicidade. De sua origem ao seu destino, apenas a entrada duma saleta de estar o separava de seu fim sobre aquela mesa habitante na copa vermelha e, sobre a mesma superfície residia o seu objeto de ventura – ela, toda aberta.
Fora apenas alguns segundos para consumar sua invasão...Numa súbita sede, ele corre excitado e sequioso.Sua única intenção é invadir e minar território alheio, para enfim, arrancar gemidos compulsivos e delirantes.
Uma posição em borboleta sobre um plano alto, é mais que 90 graus em abertura.Toda sinuosa e molhada ela se mostra insana.
Ohr! E lá se vai...A metade que pertencia aos lábios inferiores.
Era uma vez... Um hímen que se perdeu no vermelho prazer da dor, mas mesmo assim o monte de Vênus agradecia... A generosidade!

Casual

Duas e meia da tarde de setembro.O céu estava aberto, porém alaranjado de um calor que era tépido. Pegava minha composição – metrô – em Pavuna com destino a Botafogo, carregando comigo apenas uma simples pasta social (nada mais). Minhas vestimentas eram leves; bem soltas tipo à moda cigana – uma bata no tom de palha; tecido fino com detalhes em alto relevo e aberta ao peito, que fazia par com um jeans levemente esverdeado. Sempre gostei desse estilo solto, bem à vontade e acompanhado de um corte de cabelo militar, e um perfume suave...Que naquele momento era um Malbec.Esse era o meu destino de segunda a sábado. Uma rotina maçante e automática de sempre: ir e vir de Botafogo. Demandava aproximadamente uns trinta e cinco minutos para chegar à zona de transferência, da linha um (sentido zona norte), para o sentido Zona Sul. Next stop Estácio/Rio cidade Nova, station – ouvia a composição gritar avisando que chegara a estação. Ao chegar na baldeação, parecia loucura toda aquela gente sendo expulsa pra fora, como eqüinos prematuros.
Os espaços dantes vazios da plataforma, em instantes ficavam inundados de corpos - era muito calor humano. A próxima composição chegava aos pés e todos ali antenados à espera do arreganhar de portas, para de um modo penetrar, invadir e estuprar o interior, no intuito de lograr algum assento.Nossa! Chegavam a esfolar a passagem (era como se fosse um cavalo rompendo uma égua). Eu nem me importava com toda aquela estupidez humana, fiquei de pé mesmo. Colocava-me ereto com postura ao centro, apenas mantendo uma das mãos no cilindro de apoio central. Só tinha eu e uma mulher até então.
Ela me olhava de maneira marota, maliciosa - dos pés a cabeça e fixava o olhar mais ainda no meu peitoral médio – magro. Eu sabia que ela estava afim, aquele olhar me dizia certas coisas, tipo: “ah! Como você é gostoso; como eu gostaria de te dar e se tua escrava por um dia inteiro”.Mas não era só isso, havia algo a mais de insano naqueles olhos.
A composição recebia mais estocadas volumosas, parecia não agüentar mais, mas era da vida como uma boa mucamba – seu ofício era receber todos os dias; todo tipo de cor, peso e tamanho, não importando se era um metro oitenta e cinco ou 20 centímetros - mas aceitava na boa, mesmo com a boca cheia. Em cada parada ainda mais o vagão se enchia – uma prenha de “miligêmeos”. Essa mulher que me fazia companhia ali no centro do carro mantinha uma certa distância de mim, coisa de meio metro, mas aos poucos aproveitando o entra e sai de pessoas aproximava-se sutilmente... E se aproximava (...) Não vou negar, era uma baixinha relativamente bem distribuída - pele clara, cabelos curtos e castanhos, gostosinha sem dúvidas. (...) Se aproximou de tal forma que se colocava na minha frente coleante e sem preconceito. Sua bunda era macia e bem desenhada, se encaixava perfeitamente no volume que crescia forte, hasteado e poderoso. Eu podia sentir o movimento gostoso mesmo não intencionando o ato... Ela pressionava as polpas aproveitando o balanço do trem. Que belas ancas! – Eu pensando comigo. E mais ainda ela comprima sobre o meu precioso que já estremecido, ficava demais insano, duro e louco para castigar o orifício mais profundo sem dó, tampouco permissão.
O espaço já estava super lotado e o ar, era insuficiente para refrescar a todos ali – se tornava rarefeito. Suando muito e ainda extremamente excitado, ela me deixava louco naquela teimosia em esmagar as nádegas no meu mastro dos Deuses. Que loucura! Eu já não agüentava mais, queria agarrar aquela mulher; queria abusar dela como quem maltrata e esculacha.Vontade de batê-la; chamá-la de cachorra, safada. Mas tive que conter minha fera intima, mais a fome animal de querer consumi-la por uns instantes ali mesmo - de pé.
Até o fim - ele, o moleque endiabrado foi grudado na divisória que instigava a sua brincadeira mais deliciosa. A divisa era fina mas o que nos separava realmente do intento definido e realizado sobre um plano, era tão somente a ocasião. Ele...Apenas sentiu o prazer de sarrar, ficando um passo da felicidade...