domingo, 22 de fevereiro de 2009

Saudade ao vento

A paisagem que passava rápida fugia aos meus olhos.O vento no rosto era bom e refrescava a pele, me conduzindo a certas lembranças - pensamentos que vinham com o assopro dos quatro mares. A tarde era bela, leve e de céu aberto fronte ao mar. Em pleno trajeto sobre duas rodas eu não resistir à beleza daquele paraíso infinito, que seduzia ao fazer-me lembrar dela.Logo parei, e no acostamento rente à beira do pequeno gramado que fazia a divisa da estrada aberta e a fina areia macia, deixei inerte minha Harley Davidison descansando sob o sol que fazia lembrar... Caminhei em direção as ondas, entregando-me aos caprichos do mar - o respirar era sincrônico com os movimentos delas, que brancas feito algodão beijavam beira-mar...Elas iam e vinham, exalando sons que acariciavam todo o íntimo, amaciando sedutoramente meu corpo interno. Imergido nesse tépido crepúsculo; num misto de prazer, fantasias e memórias de um dia que ficou... Dela eu lembrava com amor e saudade.
Eu amei...
E acreditava numa realidade ordenada que só os meus olhos podiam ver.Tamanha era a beleza de toda aquela cena visual que me abracei essencialmente em silêncio.
Enquanto no meu radinho, tocava: “... Lembra quando a gente chegou um dia acreditar... Que tudo era pra sempre... Sem saber... Que o pra sempre... Sempre acaba...’”.
E ao som da Legião, seguia...
O que eu busco está além da superfície; além do horizonte...
Suavizado ao vento - o rosto.Eu chorei...
...Vou morrer de saudades!

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