domingo, 22 de fevereiro de 2009

Femme Fatale

No findar de uma tarde tépida, caía o sol nos mares de Poseidon.A maresia era tão suave que beijava em silêncio a face de um homem, remetendo a mais gostosa saudade - esta, que relembrava momentos incitantes de um amor que ficará eternamente subjugado à alma...
E dizendo baixinho pra si mesmo, ele: – Aquela beleza natural que se fazia presente aos meus olhos, enchia-me de tantas emoções a cada gesto...
Ela foi pra ele ambígua e dissimulada nas frases, sempre as subentendendo. Um joguinho safado que parecia não ter fim – isso pra ele – mas, não duraria pra sempre.
Também a seduziu, proporcionando a ilusão perfeita de um desejo: “domou a mente e depois ganhou o corpo”.
Enquanto sentia o vento soprar as conchas de seus ouvidos, fechava os olhos para ver em mente feito reprise as palavras que soavam dos lábios dela, tudo o que vinha... Era:
– Queria jogar uma das pernas em você. – Dizia ela.
Ele maliciosamente com um leve sorriso:
– Ao invés de jogar as pernas, porque não o corpo todo?
– Você me instiga os sentidos meu amor, és o encaixe perfeito pra mim. – Respondendo com aquela cara de safada que só ela sabia fazer, mas que em suma excitava muito só de ver.
E completando, ele:
– E você a medida exata para os meus prazeres ardilosos.
Após a conversa lascisa, as mãos percorreram soltas na silhueta dela, exímias eram na arte de envolver cada limite daquele corpo, que naquele momento ainda o pertencia.Foram muitos os delírios, suspiros e sussurros que ao fim, não houve se quer um fio deitado.
Aos poucos desnudava os olhos, ao passo de perceber que não se passava de lembranças, apenas...
...Uma lágrima cadente se perdia naquela imensidão de mar...

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