domingo, 22 de fevereiro de 2009

Vulgare

Meio Lolita, era seu jeito de ser...Suavemente Anita – pele, rosto e ardor...
Ser mulher, ora menina...
De palavras dúbias...
Ditas, elas acompanhavam o despertar maroto dum sorriso...
Revestindo intenções passionais de grandes possibilidades...
Despia-se sem pudores das sedas em alto-relevo, que davam cores ao corpo angelical e divinamente esculturado. De alma leve e perenal, se desfazia estirada na cama qual se fosse borboleta em flores. Lânguidos braços abertos à espera...Ah! À espera d’algum ato pudico.
Era todo torpor...

Eu estava louco naquele dia; louco no sentido conotativo é claro.O tesão era imenso, eu até diria “galáctico” – da porra vice. Era das galáxias mesmo. Senti por ela, o que jamais sentira com as outras – como o próprio termo já diz: “outras” são as outras. Posso até dividir minha vida amorosa em duas fases, pré-ela e pós-ela até então. Que maravilha! – eu pensava, isso olhando pra Íris. Meu olhar era tão penetrante que ela retribuía-me na mesma intensidade, só que um detalhe, eu não esperava um repente dela sobre meu colo, de modo que pude receber sua pronta colaboração. Tomei de partida toda a extremidade lisa do seu pescoço que ficava noventa graus pra trás, estava tão inclinada que não via mais os lábios e sim, os seios fartos que Íris me ofertava, e tão afoito fui, que num súbito ato selvagem, rasguei todo o decote dela e em seguida caí de boca “matando”.
– Nossa! Seu cretino, safado. Assim que eu gosto, vai! – ela gritava louca de prazer.
E, eu me comprazia ao ver toda aquela cena vulgar, sabe. Logo me pus de pé, mesmo com ela em chave-de-cintura. Minhas mãos impávidas seguravam cada uma de suas polpas as mantendo fiéis sobre o galho, como se fosse um mastro hasteando uma bandeira.
Aos gozos da volúpia – ela:
– Ahr! Assim você acaba comigo. – Dizia em tom baixo, já cansada da surra.
– Cala-te a boca e me beija, safada!
– Sim! Eu faço tudo que você mandar.
– Agora desce! – Eu exclamava.
Ela descia...Desceu irrefletidamente com muito gosto que, já ajoelhada aos meus pés, não era mais algumas palavras sacanas que preenchiam seus lábios molhados e sim um certo volume acrescido. Só dava ela. Desejosa, colocava toda sua alma na ponta...Tão habilidosa na arte que pude sentir no fundo tocar – suas cordas vocais. Fora uma estocada sensacional, injetando todo o meu prazer além-garganta...

Um comentário:

  1. Gato...

    Tem gente que fica, que marca... são raros, mas existem. O "pré-fulano" e o "pós-fulano"... estou precisando de um!
    Ah... e mais uma vez, perfeito teu texto!

    Bjs!

    Marie Cat

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