sábado, 23 de janeiro de 2010

Devaneios

Os pensamentos vinham com os ventos dos quatros cantos cardeais...

Foi numa tarde de céu aveludado em tons de laranja e carmim, que eu entreguei a alma do meu sexo, aos balanços dos mares...Além-mares. Como que desejando em ondas dançantes fazer amor até não querer mais...
Minha respiração... Ofegava leve; distante de mim; noutros lugares. Também ritmava junto ao compasso do ir e vir das ondas, que se jogavam aos meus pés, de um jeito a me acariciar sensualmente. Nada além de turbilhões de águas – eu ouvia. Era somente o mar; a maresia e as ondas. E lá estava a beijar-me novamente os pés: sussurros de emoções em forma de sal, água e ar. Imergido nesse morno crepúsculo, num misto de sonhos e desejos eu me entregava às memórias, envolto de um suave torpor. Minha imaginação voava longe,
transpondo o tempo e a saudade de um corpo que marcou. E aos poucos naquela areia macia eu deitava e fechava os olhos, até que dormir...E tive um sonho que jamais esquecerei; foi um sonho sensual. Eu me via dentro de uma casa, da qual eu não conhecia. Estava nu e sentado em um canto do quarto. O assento em que eu me encontrava, era um grande sofá de veludo na cor vermelha com detalhes de flores em alto-relevo. Esse acolchoado lugar de repouso era velado por uma sombra. Isso tudo acontecia no começo da manhã, com um alvorecer tão fresco, que filtrava e jorrava lampejos de luzes entre quatro paredes, bem como fazia circular um suave vento numa ampla cortina de seda, que acompanhava os trilhos que sustentavam as vestes daquela janela, que tinha suas bandas separadas, iguais ao sexo de uma fêmea desvirginada. Não era noite, mas as vozes dela me buscavam no silêncio dos meus pensamentos. Pensares que convinham ao vinho, ao desejo e a sedução. Eu estava profundamente mergulhado nas lembranças, quando de repente vi...
... Ela deitada ali na minha frente, musa e nua, como em pose para um habilidoso pintor traçar em tela seus traços divinos. Tão imóvel; linda e delicada morena de olhos verdes, que repousada ao canto parecia dormir e sonhar. Nela residia um leve sorriso maroto no canto dos lábios entreabertos – eu julgava a personificação do amor presente aos meus olhos.
De bruços ela ocupava toda a transversalidade da cama com seus braços e pernas bem abertas, que sem pudores mostravam as formas sedutoras de seu corpo todo, como uma Deusa – senhora do amor e da sedução. Seus lábios sutilmente desenhados se completavam harmoniosos em concordância com toda aquela extremidade corporal que sua silhueta evidenciava. Tal era o brilho e a vibração daquele corpo despido, que eu me perdia nas curvas, me sentindo seduzido, atraído... Ele me dizia, assim: “possua-me agora com toda força que tiver”. E me atraía... Seduzia desejando a presença de um homem com o peso sobre ela. Sua pele desnuda das costas; da cintura e das nádegas possuíam uma textura aveludada que era demarcada por relevos misteriosos...
Suas coxas firmes e modeladas pela tensão estavam abertas preguiçosamente, deixando externar em minha frente, uma acolchoada vulva recoberta por um fino e delicado buço. Entreaberta, lá estava ela... A cavidade ondular do amor. Estava em repouso, vermelha e úmida sobreposta à outra cavidade que se movimentava silenciosamente com o respirar. Por fim minhas mãos tomavam cadentes, aquele corpo...
... Os inúmeros fios que acompanhavam toda extensão daquela silhueta...Arrepiavam-se ao dedilhar de mãos extremamente habilidosas, revelando mistérios nunca antes explorados...

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Rosa de Vênus

Rosada como a rosa.
Uma rosa que desabrocha.
Desabrochada rosa avermelhada.
Avermelhada bochecha corada.
Corada tez cheirosa.
Cheirosa pétala assanhada.
Assanhada, fofa e molhada.
Molhada, ardilosa e malhada.
Malhada, encantada e suada.
Eis, ela...Bela, viciosa beleza convexa.
Concavidade ondular a espera.
De um médio...Um anular.
Flexível anel...Sempre
Aguardando o mel
O membro...A glande.
Uma estocada vetorial!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

EntreCoxas

Às quatro horas da tarde, eu me despedia do trabalho, chegando em casa por volta das cinco e meia. Ao chegar...abri a porta da sala e vi Julia debruçada sobre o parapeito da janela, apreciando o movimento que lá fora acontecia. Ela estava tão linda; com um vestido longo que realçava os contornos do corpo. Isso de certa forma revestia meus instintos de uma inquietante possibilidade. Imaginava que também pra ela, visto como brincava prazerosamente com o traseiro oval, o deixando de uma maneira empinada, tal como se fosse receber o meu desejo. Em seguida flexionava uma perna; ora outra, e mantendo-a colada à coxa durante o tempo que lhe agradava, para depois deixá-la deslizar numa queda lenta e sensual. Fez isso várias vezes, ao ponto de deixar-me cheio de tesão - uma vontade forte de consumir, que até deixava minha dureza de uma forma que parecia rasgar a jeans. E não resistindo à tentação que excitava os meus sentidos, sem que ela percebesse, rastejei-me da entrada da sala, como se fosse um soldado em guerra, até ficar entre as pernas. Fiquei de costas, frente a vulva vestida de vermelho; ornamentada por rendas que instigavam a minha brincadeira mais gostosa. Já posto ao ataque, cuidadosamente tomei como partida um calcanhar e dali mesmo evoluía ao joelho; depois a parte interna da coxa, para que de um modo suave pudesse com a ajuda dos dedos - médio e indicador - brincar nos grandes lábios, avançando impavidamente entre os fios pubianos, até ganhar as profundidades daquele sexo. E enquanto minha mão esquerda apalpava o bumbum, a outra - a sinistra, procurava nela os refolhos da alma. Brincava e me deliciava em fazê-la produzir sumo; isto é, encaixava minha cabeça entre suas coxas para receber sua pronta e silenciosa colaboração. Ao perceber que as minhas intenções eram as de sugar, morder e lambuzar a língua numa sucção, Julia afastava as pernas o mais que podia, para que eu conseguisse alcançar finalmente o ponto de colar a boca em sua menina: lisa, assanhada e molhadinha. Fiquei por um bom tempo com a cara metida entre aquela beleza convexa, fazendo o que um macho faz; trabalhando voraz com a ponta da língua; uma linguada nervosa entre os lados iguais... E com as polpas dos dentes, pude sentir que ela gemia em silêncio.

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Bella Donna

Um sedã preto foi o lugar de um amor e duma história sensual. Um breve momento que certamente marcaria. Dele nascera o estrelar primoroso do desejo consumado entre duas gerações distintas. Diria ser um curioso caso, como no filme: "O Curioso Caso de Benjamin Button. Ela, uma mulher madura - quatro ponto quatro, de traços finos e de uma beleza sutilmente angelical, e ele um sujeitinho curioso e bem articulado - nada fiel ao seu tempo cronológico. Era um jovem de vinte poucos anos, muito evoluído para a idade que tinha, mas enfim, era um caso a parte; um caso raro e interessante. Esse menino já não era mais um guri, e sim um homem que despertava admiração pelo jeito com que conduzia as coisas; o sentimento; as emoções; quase tudo. E não foi diferente com ela. Ele a despertou para uma curiosidade latente e um fascínio indiscritível. Sentados nos bancos do New Civic, confortávelmente à vontade, conversam sobre como tinha sido maravilhoso o que fizeram juntos até o presente momento, e que esperava poder ter momentos tão bons quanto aqueles. Dissera também, que nenhum homem antes tinha tocado e acariciado suas mãos de tal maneira gostosa. Foram carícias que a deixava num estado de arrepio total. Esse carro possuía vidros filmados ; tão escuros, que de fora ninguém via se habitava gestos ou movimentos. Isso de certa forma os deixavam mais tranquilos, visto que eles se encontravam numa das vagas do estacionamento do Botafogo Praia shopping, como que sequestrados um pelo outro.
– Isso não pode está acontecendo. Não deviamos está aqui, e agindo dessa maneira irresponsável - Ela desconcertada dizia. Mas era um não querer, querendo; quase um charme. E de um modo bem sugestivo, Eros lhe soprava uma orelha e dizia em tom suado, bem baxinho:
– Se permita e deixe acontecer o que te arrebata o íntimo. Sinta o momento...E logo notará suas sensações conduzindo teu corpo de forma mágica.
– Ah, Eros! Quanta sede; quanta fome de você eu tenho agora.
– Está com fome, é? - ele perguntava, estando com o nariz entre seus cabelos longos e perfumados.
- Muita...Muita fome de você! - Ela afirmava sentir. Então Eros tornava a falar:
- Dize o que sente, vai; diga pra mim seus desejos e o que queres de meus atos.
Ele falava dessa maneira em seu ouvido, tão devagar que produzia nela uma sensação divina.
– Ahr! Como você é... É irresistível. Que vontade é essa?! - Ela soltava isso com certa dificuldade. O torpor era tanto; que as vezes languia a cabeça de lado. E continuava - ele - a impor seu ritmo sensual sobre ela; entre as coxas, roçando e apertando; Ora nos joelhos; ora acima. Até que se metia lá...Segurando; enchendo a palma para poder sentir a carne; e sentiu que era realmente carnuda. Os toques foram de uma perfeita precisão, que causou nela um frison daqueles... Fazendo travar as pernas para que ele não a tocasse; e nem tentasse os dedos.
Nesse ponto ela não respondia somente com movimentos de abrir; apertar e afrouxar, mas também com sensações quase silenciosas, que convidavam aquele homem a um banquete divinal.
- Você é maravilhoso, Sabia?! - Ela dizia com muito sabor, enquanto ele em silêncio beijava a extensão de seu pescoço, passeando a lingua num sobe e desce, até ganhar a orelha. E depois descia lenta com fim na boca, de modo a calar seu corpo por inteiro. E de olhos cerrados ela enlouquecia de prazer, novamente comprimindo abaixo o sexo que já se mostrava melado. Quanto mais notava - Eros - a sua languidez, mais corria a língua naquele corpo.
– Ah! Como consegui(...)? – Ela perguntava já cansada; e suada; suadinha.
– É uma questão de sensibilidade, e de como e quando fazer.
- Realmente você é do poder - confirmava a Bella Donna. E continuando ainda, ela: - Estou sem palavras para definir o que sinto.
- Não perca tempo tentando achar uma definição; apenas sinta!- Respondia em seguida, o homem cujo o nome era o de um Deus; Deus do Amor.E completando, ele ainda dizia:
- Todas as emoções e sensações que causo em ti, não sou eu que as causo, e sim a essência em mim causa as excitações. De mim mesmo eu nada posso fazer, senão ser a causa de todo o efeito.
Essas palavras todas foram ditas ao pé do ouvido, de um jeito que revelava certas impressões - que ela não fazia idéia da magnitude.
Foi quase uma confissão de um sedutor. Ele conseguiu atingir aquela alma, a fazendo ceder aos caprichos que vislumbrava. E de volta ao paraíso deixava-se cair sobre as curvas de seus seios, que se mantinham acessos entre uma sensação e outra. Era a boca presente lá... marcando território. Tão logo e repentino, ele enchia a mão no decote. Arrancava furiosamente uma das alças da blusa, junto com o sutiã, desprezando de lado para poder com seus lábios sugar as pontas dos mamilos.
– Isso! Ai, como adoro isso. Assim, vai...Continue, Eros! E ele chupava frenéticamente...
Decorrido alguns segundos ao fato da boca, ele tentava outra investida. Uma das mãos já alcançava o meio das pernas [ e que pernas...].
E num solavanco a puxava do banco ao colo, para que delicadamente pudesse colocar sua peça íntima encostada na virilha, e com o auxílio de dois dedos, achar o paraíso. Foi assim que ele vestiu a clava e tentara seu delido. À meio entrada ficou, sentindo apenas cinco centímetros de profundidade.

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sábado, 16 de janeiro de 2010

A Evangélica

Era uma loira bonita e inteligente; tinha um metro e sessenta e quatro de altura e pesava sessenta e cinco quilos – uma mulher de trinta e dois anos, na fase do auge feminino. Eu costumo dizer que esse é o período onde se tornam mais sedutoras; charmosas, ou melhor, apuradas. E isso tudo, quando somado a uma inteligência refinada, se torna algo fatal – femme fatale. Sabem exatamente como... E, o que fazer. É o perfil que cabe perfeitamente nos meus propósitos, sejam eles sacanas ou não. Ela tinha uma pele macia e livre dos sinais de expressão; também não havia manchas. Parecia ter o rosto de uma boneca. Suas orelhas possuíam contornos que pareciam com os de uma concha. Seus lábios eram como pétalas de rosas; uma rosa na cor salmão, ou pêssego – eu diria. Os cabelos eram longos e tinham uma textura bela; um loiro mel (que não era artificial). Soltos no ar, eles eram soprados levemente pelos ventos que passavam naquele instante, de modo que me fazia pensar, conduzindo-me a certas sensações e desejos. Lorena era o nome dessa mulher, cujos atributos físicos em nada deixavam a desejar. Eu podia notar as formas bem definidas, só pelos contornos de suas vestimentas. Foi à primeira vez que saí com uma evangélica. Não fazia o meu estilo, mas até que gostei da situação. Eu não queria compromisso, apenas uma noite; fazer o que tinha de ser feito e nada mais. Então marcamos um dia para conversarmos um pouco. O lugar onde nos encontramos, era deslumbrante. Uma das praias mais lindas do Rio de Janeiro – o Arpoador. Ficamos bem próximos ao grande destaque daquela praia – A Pedra -, que todos consideravam ser o charme daquele lugar. Sentados num daqueles banquinhos, iniciávamos a nossa conversa, falando sobre as coisas do amor; sobre sexo e alma. E de vento em polpa, íamos evoluindo no assunto e mudando a trajetória de nossas intenções – ela em namorar, e, eu...apenas ”ficar”. Estava tão delicioso ali; o tempo; o cheiro do mar, em especial nós dois. Eu estava tão empolgado com o que dizia, que não pude perceber o quanto ela se aproximava de mim, mas percebia como olhava fixamente para os meus lábios. Quando virei-me – ainda falando -, ela num movimento ligeiro tomava a minha boca com um beijo lasciso. Tal era a pressão, e, a intensidade desse beijo, que imaginei o poder daquela boca noutro lugar. Cheguei a dizer: - Nossa! Se beija tão apertado assim, imagine isso em outra coisa... Deve ser tudo de bom. E completando, finalizava dizendo: - Sabia que o beijo diz muito sobre uma pessoa? E o teu me revela a mulher que há em ti; sei perfeitamente o que me espera, Lorena. Ela apenas sorria; um sorriso diferente – já meio safado, que emitia os sinais que eu esperava, para que pudesse agir à minha maneira. Após algumas palavras, levantamos do banco e demos outro destino a nossa conversa. Um lugar mais confortável, onde pudéssemos ficar mais à vontade. Fomos para o Suíte Vip’s. Lá colocamos pra fora todas as nossas fantasias. No subir das escadas, de surpresa a peguei por trás, segurando-a pela cintura até encostá-la naquilo que a faria feliz por uma noite, de um jeito que fizera esboçar algumas palavras:
– Nossa! Como você é violento...
Mas dizia isso com certo sorriso de lado, o que tudo indicava que ela condescendia com a minha atitude. No fundo eu sabia que se tratava de uma safadinha, mesmo sendo evangélica. Quando chegamos na entrada do quarto, tive outro impulso pervertido. A empurrei contra porta – ainda fechada –, tomando seu pescoço em beijos alucinantes e mordidas ao pé da orelha. Ela ficava louquinha, gemendo e soluçando de prazer. Então dizia:
– Que isso, meu Deus?! Mais um pouco eu gozo aqui mesmo.
Era tanto prazer que sentia naquelas iniciais, que dava o entender de quem não fazia aquilo há tempos. Ela estava de vestido longo, que por sinal era lindo e combinava perfeitamente com o seu corpo. E continuando a investir ferozmente, levantei o vestido e enfiei dois dedos para que pudesse colocar a calcinha de lado. Logo afrouxei meu cinto também, e soltei minha calça, colocando tudo pra fora...Até que adentrei aquele corpo quente e apertado.
– Ai! Assim você acaba comigo. Meu Deus! – Ela deixava no ar essa frase, mas de um jeito lento e suado, quase morrendo; ou quase um desmaio. De tanto citar Deus nos gemidos que fazia, eu cheguei a imaginar: ela vai pedir para que eu a abençoe ricamente [Vai... abençoa! Vai...!]. Abençoei... E continuei a minha missão; colocava tudo com força lá no fundo, até que o plexo encostasse em seus glúteos. Fiquei nesse ir e vir por mais ou menos vinte minutos. E quando saí do estreito caminho, a PALAVRA ainda pulsava forte. Percebendo que não o tinha mais por dentro, ela se ajoelhou, pois ainda queria “A palavra”. Mas dessa vez na boca; entre lábios. Ela sentiu a forte projeção da minha alma no céu da boca.
– Oh, delícia! Que seja feita a vossa vontade, meu senhor! Ela se referia a mim dessa maneira, como se fora o senhor de seus pecados. Terminamos por ali mesmo nossas preliminares.
– Entre! Eu dizia, após abrir a porta da suíte.
– Sim. Vamos...Realmente precisamos entrar. Quero jogar uma água no corpo e conversar um pouco mais contigo.
– Claro! Teremos um bom tempo pra isso. Eu respondia.
Então adentramos o interior daquele quarto...
Ela fora direto para o banho e eu fiquei a esperar na cama. Não demorou muito por lá... Tão-logo já estávamos juntos sobre aquele colchão, estirados e despidos. Voltamos a conversar. E ela me perguntava:
– Então você seduz mulheres e depois se aproveita das fraquezas femininas, é isso? Como se primeiro ganhasse a alma para depois o corpo.
– Não é de mim se aproveitar de uma mulher. Eu apenas dou prazer a elas. – Respondia olhando em seus olhos, ao mesmo tempo em que tão suave dedilhava suas curvas. Corria meus dedos por toda aquela extensão de corpo delgado. E ela sentia os arrepios tomar-te o corpo, de um jeito que não sobrava um só fio deitado. Vi a textura imediata do prazer naquele momento. E continuava a dizer...
– Existem mulheres de finos traços; com uma certa textura de cabelo...E uma curva nas orelhas que se assemelham as de uma concha. Essas mulheres têm dedos com a mesma sensibilidade que suas pernas. As pontas dos dedos são como os pés...E quando tocadas as dobras de seus dedos, é como se passasse às mãos pelos joelhos delas. E na parte superior as dobras dos dedos...é o mesmo que acariciar as coxas. E por fim, o toque na palma da mão...é o ato consumado.
Lorena ouvia isso com muita atenção, e ao mesmo tempo impressionada com as sensações que tinha ao ouvi-las.
Depois dessas palavras, voltamos a fazer amor gostoso. Foi tão bom pra ela , que tenho certeza que ficou marcado para sempre. Ela nunca mais esquecerá que passei por ali...naquele corpo.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Eternamente Amor

O ar estava levemente úmido e enchia os pulmões de uma energia tão pura e vital para o corpo. Esse clima aveludado, casava perfeitamente com a claridade que antecedia o nascer do sol, juntamente com o frescor do oxigênio que animava os traços verdes da paisagem, bem como fertilizava suas cores com um orvalho cristalino.As ruas no aguardo de alguns movimentos – ficavam, porém na aurora, a vida tinha os braços estendidos e o corpo pousado sobre o ninho. Tão belo estava o começo do dia; tão viçoso – era o clima especial para o nascer de grandes romances. O dia conspirava a favor...Para que aflorasse do ventre mundano, amores que fossem para recordar por toda uma vida.
Nenhum aceno a distância; nenhuma respiração sentida. Os movimentos se mantinham em seus lares, estirados sobre suas camas, e, os lábios entreabertos na quieta expectativa de um ósculo; de um contato afetivo que produzisse uma leve sucção, na esperança por um despertar com sabor de beijo.No entanto, lá fora ainda reinava uma harmonia que era perfeita: os cantos dos pássaros eram como uma orquestra bem regida por um maestro...
E um bocejo quebrava o silêncio da manhã, anunciando o despertar de um corpo suavizado ao colchão, que ao precipitar-se em sentido a uma janela retangular, que fazia moldura do céu repleto de cirros, ao mesmo tempo recebia raios caloroso que o sol com muito gosto jorrava em seu interior, rasando escuro adentro.Os olhos finalmente ganhavam vida, ao passo que admiravam o belo raiar...
Eros era o nome desse homem, cujo destino lhe reservava grandes acontecimentos, que no passar dos dias provaria de forma bem intensa as sensações que a vida segredava a ele. Fora para o banho – então, pois daria um passeio pela orla do arpoador, a fim de refletir um pouco – pensar sobre o que tinha vivido há um certo tempo atrás e também, sobre o que faria dali pra frente. Não demorou muito para se arrumar, logo já estava descendo de seu apartamento, que ficava no oitavo andar e numa rua de nome Bartolomeu Mitre. Caminhando pela praia em direção a Pedra, renascia em sua mente a lembrança de um amor que ficou afixado na alma feito tatuagem. Esses pensamentos eram como um filme reprisado – uma repetição que acontecia de forma quase continua. Não o largava, por mais que se esforçasse por isso. Mas já estava tão vivo dentro dele, que não tinha outra opção, senão aceitar a condição de viver com aquilo pelo resto de sua vida.Ele se aproximava daquela pedra, que embelezava aquele mar. E já a caminho de subi-la, parou por um momento e fez uma pergunta pra si mesmo – internamente: Por que vale a pena viver? – Ele se perguntava. Refletiu um pouco antes de tornar a subir. Mas se conteve a uma resposta, porque nem mesmo ele sabia o que dizer. Então continuou a subir, até que por fim chegou ao topo e sentou-se próximo a beira para que pudesse ter uma visão mais ampla. Sentado ali e de pernas cruzadas, começou a conversar no silêncio da sua mente; e as lembranças começavam a surgir, até que uma lágrima caiu...
Foram lembrança tão profundas; uma reprise do que foi nada, dentro dos “nadas” que havia. Levantou-se suavemente e já de pé se aproximou um pouco mais da caída da pedra. Não mais que isso. O sol denunciava dez horas da manhã, isso porque o calor ali começava a ficar mais intenso. De toda a extensão desse mar, em especial morava essa pedra ao canto da praia - o simbolo do Arpoador.
Eros era um homem essencialmente romântico – sua alma era romântica e possuía uma inteligência sentimental impressionante. Sob o céu desse oceano, ele ficava a pensar...Lembrar do que viveu naqueles braços delicados, sobretudo nas sensações que aquele corpo e aqueles lábios lhe proporcionaram. Mas houve muito mais que isso; muito mais que carne e desejo. Foram momentos que o tempo jamais apagaria. Um sentimento que não só subjugou o lado físico, mas que também atingira a alma com todo seu esplendor.E sobre o efeito nostalgico da saudade latente, Eros por alguns instantes, dispersava os braços no ar, como se fosse abraçar aquela imensidão de oceano. E os seus olhos se fechavam tão devagar, ao passo que os ventos o beijavam em silêncio. E, em lenta queda deixava o pescoço inclinar-se para trás. Ele teve a experiência de atingir o ponto máximo do pensamento. Fez uma viagem emocional, de modo que sua mente o conduziu a um estado de espírito superior, causando sensações que até ele mesmo não imaginava poder sentir. Porém foi apenas a saudade de um tempo que não voltará mais...

"...O tempo passou, e com isso pude ter a certeza íntima de que era o maior amante que já existiu. Eu amei tão profundamente o amor com aquela mulher; tão mais do que a mim mesmo. Tal era a intensidade que havia em cada gesto; em cada toque, cada olhar. Eu amei; eu gostei daquele universo feminino, que me inspirava um extremo desejo e ao mesmo tempo um respeito que ia além; muito além das coisas mundanas. Ela não podia reclamar de que não fora feliz comigo – mesmo que por um curto prazo, pois foi desejada como nunca tinha sido antes por qualquer outro homem que já existira em sua vida. Hoje me vejo em outros horizontes e a minha alma, ainda é a mesma de antes. Seguirei amando até o fim, até encontrar o que me faça ver o que antes eu não via..."

O Libertino

Aquele sofá...

Grande e fino, pronto para receber o prazer ,e, o repouso. Sentado eu ficara ao lado duma bela dama cujo nome era Vênus – que por sinal era de uma deusa...Deusa do amor. Os traços faciais e a silhueta leve, somados ao seu grupo gestual, em nada deixavam a desejar face à mitológica beleza de Afrodite. Foi encanto à primeira vista. Frente ao fascínio de tamanha beleza estonteante, pousei-me uma das mãos em sua perna de modo a acariciá-la. Ela olhou-me assustada com a tal precipitação do meu impulso pervertido, mas fora por instantes e logo notei que ela aceitava em silêncio a minha atitude estranha. No fundo eu sabia que naquele corpo habitava uma safada enrustida, fingindo ser puritana.E daí continuou meu intento...
– Gostaria de mostrar-lhes o que nunca vira antes. – Eu dizendo, expressei a vontade que tinha.
Então expus aos seus olhares a principal causa efetiva da humanidade. Ela se levantou para me admirar. Tão logo a peguei pela mão, dando-lhe uma consumação artificial. Mas no decorrer da ação, uma abundante emissão de líquido levou-a ao assombro profundo.
– É a palavra – eu disse – a grande criadora da humanidade.
– Que delícia! – Ela gritou, rindo da designação “palavra”.
– Mas eu também – disse Vênus – tenho a palavra, e mostrarei a você.
– Sente-se no meu colo, minha deusa romana, eu lhe pouparei o trabalho de conseguir isso sozinha. Faremos tudo melhor - juntos; muito melhor...
– Acredito em você...Mas como se chama mesmo? Até porque ainda não sei como me referir a sua pessoa.
– Após um leve sorriso – eu dizia: – Pode me chamar de Eros.
– Hum! Seria você um semideus?
– Posso ser tudo o que você quiser. O teu pedido é uma ordem – Respondia com certa languidez.
– Mas enfim, Eros...Voltando ao assunto dantes, eu nunca fiz isso com um homem estranho.
Sem dizer mais nada, perfilei-a em minha frente com os braços ao meu redor, fiz com que ela se sentasse novamente. Então já sentada, enquanto eu explorava os encantos dela com as minhas mãos, a deixava também me tocar o quanto desejasse, até que finalmente molhei as mãos dela com uma segunda emissão de um radical úmido, que ela examinou curiosamente olhando os dedos. Após ela se recompor a sua pureza decente de moça virgem, trocamos mais algumas carícias e seguidamente eu disse que me fizera muito feliz naquele momento.