domingo, 22 de fevereiro de 2009

Casual

Duas e meia da tarde de setembro.O céu estava aberto, porém alaranjado de um calor que era tépido. Pegava minha composição – metrô – em Pavuna com destino a Botafogo, carregando comigo apenas uma simples pasta social (nada mais). Minhas vestimentas eram leves; bem soltas tipo à moda cigana – uma bata no tom de palha; tecido fino com detalhes em alto relevo e aberta ao peito, que fazia par com um jeans levemente esverdeado. Sempre gostei desse estilo solto, bem à vontade e acompanhado de um corte de cabelo militar, e um perfume suave...Que naquele momento era um Malbec.Esse era o meu destino de segunda a sábado. Uma rotina maçante e automática de sempre: ir e vir de Botafogo. Demandava aproximadamente uns trinta e cinco minutos para chegar à zona de transferência, da linha um (sentido zona norte), para o sentido Zona Sul. Next stop Estácio/Rio cidade Nova, station – ouvia a composição gritar avisando que chegara a estação. Ao chegar na baldeação, parecia loucura toda aquela gente sendo expulsa pra fora, como eqüinos prematuros.
Os espaços dantes vazios da plataforma, em instantes ficavam inundados de corpos - era muito calor humano. A próxima composição chegava aos pés e todos ali antenados à espera do arreganhar de portas, para de um modo penetrar, invadir e estuprar o interior, no intuito de lograr algum assento.Nossa! Chegavam a esfolar a passagem (era como se fosse um cavalo rompendo uma égua). Eu nem me importava com toda aquela estupidez humana, fiquei de pé mesmo. Colocava-me ereto com postura ao centro, apenas mantendo uma das mãos no cilindro de apoio central. Só tinha eu e uma mulher até então.
Ela me olhava de maneira marota, maliciosa - dos pés a cabeça e fixava o olhar mais ainda no meu peitoral médio – magro. Eu sabia que ela estava afim, aquele olhar me dizia certas coisas, tipo: “ah! Como você é gostoso; como eu gostaria de te dar e se tua escrava por um dia inteiro”.Mas não era só isso, havia algo a mais de insano naqueles olhos.
A composição recebia mais estocadas volumosas, parecia não agüentar mais, mas era da vida como uma boa mucamba – seu ofício era receber todos os dias; todo tipo de cor, peso e tamanho, não importando se era um metro oitenta e cinco ou 20 centímetros - mas aceitava na boa, mesmo com a boca cheia. Em cada parada ainda mais o vagão se enchia – uma prenha de “miligêmeos”. Essa mulher que me fazia companhia ali no centro do carro mantinha uma certa distância de mim, coisa de meio metro, mas aos poucos aproveitando o entra e sai de pessoas aproximava-se sutilmente... E se aproximava (...) Não vou negar, era uma baixinha relativamente bem distribuída - pele clara, cabelos curtos e castanhos, gostosinha sem dúvidas. (...) Se aproximou de tal forma que se colocava na minha frente coleante e sem preconceito. Sua bunda era macia e bem desenhada, se encaixava perfeitamente no volume que crescia forte, hasteado e poderoso. Eu podia sentir o movimento gostoso mesmo não intencionando o ato... Ela pressionava as polpas aproveitando o balanço do trem. Que belas ancas! – Eu pensando comigo. E mais ainda ela comprima sobre o meu precioso que já estremecido, ficava demais insano, duro e louco para castigar o orifício mais profundo sem dó, tampouco permissão.
O espaço já estava super lotado e o ar, era insuficiente para refrescar a todos ali – se tornava rarefeito. Suando muito e ainda extremamente excitado, ela me deixava louco naquela teimosia em esmagar as nádegas no meu mastro dos Deuses. Que loucura! Eu já não agüentava mais, queria agarrar aquela mulher; queria abusar dela como quem maltrata e esculacha.Vontade de batê-la; chamá-la de cachorra, safada. Mas tive que conter minha fera intima, mais a fome animal de querer consumi-la por uns instantes ali mesmo - de pé.
Até o fim - ele, o moleque endiabrado foi grudado na divisória que instigava a sua brincadeira mais deliciosa. A divisa era fina mas o que nos separava realmente do intento definido e realizado sobre um plano, era tão somente a ocasião. Ele...Apenas sentiu o prazer de sarrar, ficando um passo da felicidade...

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