terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Até a eternidade

“Há tempos não pertenço a esta existência – saí à francesa: um finado prematuro – sou”.

Três mil metros de altura: um penhasco...
É o que separa um corpo da eternidade presente aos olhos.
De braços abertos num olhar úmido – pensamentos soltos; dispersos...
E um coração cansado de sofrer na escuridão de um peito amargo.
Lentamente fecham-se as janelas d’alma, ao passo da queda...
Externando uma lágrima – perdida ela fica – no vazio do espaço.
Antemão desfalecido o corpo, ele cai...
E a descida se torna longa e carregada de pensamentos que viajarão existências.
Uma saudade do que parecia ser amor, mas que não foi...
Dentro de tudo que houve; do que não foi nada...
Além dos nadas que não havia.
Nada, de fato houve: fora apenas uma reles história conotativa...
Da ilusão sensorial imitando a vida.
Eis abortado ao chão...
E até lá...

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