domingo, 22 de fevereiro de 2009

Braços abertos à espera...

Lembro-me como se fosse hoje, eu sentado naquela areia macia da praia – à sua espera, morrendo de saudades. Uma saudade que invadia o peito e apertava como se fossem abraços de quem se despedia por uns tempos...
Esperava-te...
O dia dava o ar da graça tão suave e sugestivo, que de clima morno revestia minhas intenções de tal maneira a embriagar-me de vontade...Como eu a queria naquele momento tão perto de mim.
Deixava minha imaginação fluir solitária, sem esperanças de partilhar o desejo que me vinha como uma “presença de Anita” – que no meu caso seria presença de Eros.
Ela fluía...
E ao passo dela...Eu me colocava de pé, com os braços abertos formando um ângulo de cento e oitenta graus, como se fosse envolver o mar em meu corpo. Em seguida, permitia ao vento que me soprava as maçãs do rosto, trazer o teu perfume que era preferido pelo beija-flor.
Quando...
Entreabertos mantive os olhos e pude sentir sua presença em olor. E na mente a passar a lembrança de seus cabelos soltos – eles dançavam dispersos quando você corria em minha direção.
Que maravilha! – eu pensava. Era tudo muito bom: os raios de sol; o assopro dos ventos e o som das ondas nos balanços dos mares, que teimavam beijar-me os pés.
Fantástico! É como se flutuasse...Eu posso sentir! – Pensava comigo.
Era perfeito o amor. Os toques foram muito mais que simples toques.
E disso tudo eu aprendi...
A dizer te amo, quando tiver a certeza íntima de ser amor. E, tão logo me despedia dos mares, voando com emoção.
Hoje eu sei que te amo mais que ontem. Mas para onde fora meu amor?
Longe em algum lugar, tocava: “... não olhe pra trás, apenas começamos...”.
...O amor é como a filosofia, não se estuda – vive-se! Eu aprendi amando até doer...

Nenhum comentário:

Postar um comentário