sábado, 16 de maio de 2009

Noite Alucinada

Por volta das dezoito horas fui me encontrar com uma amiga, que na verdade se tratava de amizade colorida. Era uma gordinha linda, bem feita de corpo – podemos dizer assim: bem distribuída. Tinha os cabelos loiros – claro que não eram naturais, mas nela até que ficava bem a tonalidade. Também lecionava numa escolinha municipal. Era tão versátil: praticava lutas, tais como Boxe (sua paixão) e Muay Tay, mas com essa última modalidade não foi muito feliz – distendeu a perna. Nosso encontro se deu num barzinho com música ao vivo, chamado de O Barão. Ele fica localizado na rua São Francisco Xavier, uma principal na Tijuca. Nessa localidade tinha mais alguns bares bons, como o Lounge Buxixo, que ao longo do tempo passamos a freqüentar. Sentamos logo numa mesa próxima a entrada e ficamos por um bom tempo conversando,e ao mesmo tempo bebendo: eu me comprazia com Red Bull misturado ao Black Label e ela só na cevada, ficando nessa história até meia noite e tal...E logo depois de pagarmos a conta, tomamos outro trajeto. Ela andava medindo a calçada e como não se agüentava em linha reta, prendia um dos braços em mim, para que eu a guiasse. Também estava meio tonto, confesso. Mas segurava a onda na boa. Passando por um canteiro de plantas que ficava de frente a um prédio, me veio uma idéia pra compensar uma certa vontade. Esse canteiro estava num breu; era uma escuridão total. Logo a puxei para o canto, e com um ímpeto frenético levantei a saia dela. Minhas mãos roçavam aquelas coxas, num movimento pervertido que a deixava louca. A pele era macia e tinha um perfume muito gostoso. Então começou um roçagar de pele e logo me pus a rasar o ventre liso – a língua titilava o ápice do sexo palpitante, enquanto ela ria fingindo esquivar-se. Retorcia o corpo elástico e fugidio num convite cheio de recusas. Logo - também - apalpei os seios túrgidos e dourados. Sentia neles a textura do desejo e uma urgência imediata de prazer. Então num impulso incontrolável, retesou o corpo num gemido crescente e sobre convulsão violenta se entregava ali mesmo de pé. Com um grito rouco de volúpia, fundida ao porre de Whisk em que me encontrava, tinha ficado maravilhado e ao mesmo tempo com certo espanto. Recebi na boca o gosto acre e abundante daquela delícia. Em seguida, ela se lançou ao chão, ficou de joelhos como se estivesse a pagar pecados, mas na verdade pagaria outra coisa...E pagou! Foi extremamente preponderante com os lábios: ordenhava como ninguém. Fez isso por uns cinco minutos, mais ou menos. Ao se levantar esboçava um ar de satisfação ao ter sentido minha projeção no céu da boca. Voltamos a caminhar, ou melhor, tentamos andar. Até porque estava meio complicado, visto que estávamos chapados. Ela ia para um lado, depois para o outro – era um zigue-zague de pé-de-cana mesmo. E continuando nosso intento de chegar a algum lugar, ela me jogou contra um muro chapiscado, e começou a me beijar insanamente [ Imagine um beijo entre dois bêbados ]. Era cômica toda aquela situação, os carros que passavam por nós buzinavam, e alguns até nos mandavam tomar o rumo de um motel qualquer. E prosseguimos...Falando meio mole, ela me pedia para acenar a algum táxi que passasse. Eu acenava...Mas o problema era que o braço não queria levantar. Mas dei um jeito...E o taxi parou.
- Flôr de maio, por favor! - Ela dizia.
Flor de Maio Motel...E lá estávamos.
Já dentro desse ambiente, pegamos uma das mais caras suítes – tinha de tudo lá: sauna, piscina, banheira, pista de dança, cavalo erótico etc. E começou nossa luta...Como nunca tinha saído com ela pra esses lugares e também não a conhecia intimamente, não deixei de colocar meu látex, para que pudesse com segurança efetuar minha missão. Mas não adiantou ( eu já estava com um tesão em plena erupção, não pude me conter), ela numa fome animal e demasiado alucinada, arrancou meu protetor e começou a sugar o cara. Nossa! E que sugada... A partir daquele momento eu passei a ter certeza que ela era profissional naquilo, fazia tanta pressão em cima que eu pensei comigo: vou gamar. Incrivelmente colocava tudo. De modo que ganhava a garganta, e em cada galgada e descida eu delirava de tesão. A menina ficou entre minhas pernas por um tempo indeterminado. Seguidamente a fodástica chupada, a botei de quatro como o pecado gosta e comecei a castigá-la. No indo e vindo, puxava com firmeza seus cabelos longos e isso de certa maneira a fazia pedir mais...Pedia mais ao Cubo³, com uma cara de safada, que ainda não tinha visto igual. Pra variar mudamos o jeito; me estirei na cama horizontalmente para poder sentir o peso dela – que não era levinha, mas a pressão compensava o sacrifício. Dei dois tapas com vontade – nela, precisamente na cara. Ainda estava bêbada. Revidou-me com dois socos; um geb de direita no queixo, outro de esquerda. Fiquei meio bolado com a porrada, mas depois eu curtir na moral. Mesmo tendo curtido os diretos na mandíbula, não significava que eu era um adorador de apanhar. Nunca tive intimidade com masoquismo; e nem queria ter. Já não sentia mais nada naquela altura do campeonato; estava meio dormente [ teve alguns momentos que nem levantava o dito...] por conta das bebidas, que foram muitas. Respondendo aos tapas, comecei a rir daquela cena toda. Que comédia foi aquilo. Em seguida ela me perguntava: – Bom bater, não? E a filha da mãe ria. O mais engraçado de tudo ainda estava por vir. Realmente tínhamos tomado todas. A loira estava tão chapada que via dois caras: eu e um possível fantasma, que era apenas uma visão distorcida da realidade - eram dois de mim. Isso tudo devido ao seu estado de porre. E dando continuidade ao nosso sexo mais que animal, e ela continuou a ver o segundo indíviduo. Insistentemente dizia que tinha mais um outro – que só ela via. Isso a fez imaginar que estava num "ménage a trois", ou seja, transando com mais de um. Dizia assim: – Viu ele? Olha Eros! Olha! E eu perguntava: – O que foi garota? E totalmente sobre o efeito do álcool, teimava em dizer: – Tem outro cara aqui. É sério! E novamente me deu dois boxes. Dessa vez foi querer acertar o outro cara e acabou me acertando.
A noite foi muito boa, apesar de ter sido ímpar ao extremo. O bom dela é que fui feliz, apesar das porradas...

2 comentários:

  1. Seus textos remetem a minha imaginação aos mais intensos e carnais devaneios. Tive noites como as que descreve, contudo jamais a desenharia tão bem.

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  2. Vc como sempre e d forma magistral...conseguiu despertar minha libido adormecida...mas nessa vc conseguiu me dxar com dores d tanto q ri!!!!Ai ai ai moço poeta erotizado e agora cômico????Q faço com hein????

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