segunda-feira, 18 de maio de 2009

Fêmea

Mais bela és quando lânguida
Que seja em meu cais vencida assim...
Dar-me o amor que dantes eu não tinha
E dar-te-ei torrentes afagos

Na tua ausência visual – brandos olhos desmaiados
Galgar-me-ei nas raízes do teu sexo casto
Até fazer-te fêmea em mim

Conspícuo gosmar acre na boca, sinto
Quando tu plena, transpira desejo meio amargo
No tépido sabor da língua minha
Que faze o ácido gosto teu, doce

Face ainda ao prepúcio himenal
Vestir-te-ei toda dum véu de saliva – por dentro
Impondo-te um júbilo perenal

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