quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Corpo Nu

Gosto das formas; das curvas lineares
Da cor da derme; da pele e do desejo momentâneo de ter
Dos prazeres dela – da carne: que me eleva aos ares
Das emoções paralelas ao gozo, precedente o mexer

Adoro teu corpo e tudo o mais nele
Do sabor adocicado, dos limites inexplorados
De cada canto; cada entranha...Extremo êxtase

De me perder na silhueta: em seus estados arrepiados
Ah! Como gosto do seu corpo – do que ele faz
Do que me traz...Sobre mim, estirado se desfaz
Beijado, tocado...Essencialmente desenhado

Doce Imaginário

Ela chupava o picolé...
De tal forma – Carente, ao passo de lenta boca...
Fazia-se irrefletida ao pé...Do picolé.
A língua impulsiva e afobada...
Da base, ascendia gulosa ao pico avermelhado com fulgor.
Semi-entrado instigante começo...
Que não mais pela metade, já preenchia ao fundo meloso...
Como que acrescido macro volumoso.
Findar no céu da boca o desejo derretido...
Esfazia-se na mente o fictício boqueado sobre a glande.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Devaneios

Os pensamentos vinham com os ventos dos quatros cantos cardeais...

Foi numa tarde de céu aveludado em tons de laranja e carmim, que eu entreguei a alma do meu sexo, aos balanços dos mares...Além-mares. Como que desejando em ondas dançantes fazer amor até não querer mais...
Minha respiração... Ofegava leve; distante de mim; noutros lugares. Também ritmava junto ao compasso do ir e vir das ondas, que se jogavam aos meus pés, de um jeito a me acariciar sensualmente. Nada além de turbilhões de águas – eu ouvia. Era somente o mar; a maresia e as ondas. E lá estava a beijar-me novamente os pés: sussurros de emoções em forma de sal, água e ar. Imergido nesse morno crepúsculo, num misto de sonhos e desejos eu me entregava às memórias, envolto de um suave torpor. Minha imaginação voava longe,
transpondo o tempo e a saudade de um corpo que marcou. E aos poucos naquela areia macia eu deitava e fechava os olhos, até que dormir...E tive um sonho que jamais esquecerei; foi um sonho sensual. Eu me via dentro de uma casa, da qual eu não conhecia. Estava nu e sentado em um canto do quarto. O assento em que eu me encontrava, era um grande sofá de veludo na cor vermelha com detalhes de flores em alto-relevo. Esse acolchoado lugar de repouso era velado por uma sombra. Isso tudo acontecia no começo da manhã, com um alvorecer tão fresco, que filtrava e jorrava lampejos de luzes entre quatro paredes, bem como fazia circular um suave vento numa ampla cortina de seda, que acompanhava os trilhos que sustentavam as vestes daquela janela, que tinha suas bandas separadas, iguais ao sexo de uma fêmea desvirginada. Não era noite, mas as vozes dela me buscavam no silêncio dos meus pensamentos. Pensares que convinham ao vinho, ao desejo e a sedução. Eu estava profundamente mergulhado nas lembranças, quando de repente vi...
... Ela deitada ali na minha frente, musa e nua, como em pose para um habilidoso pintor traçar em tela seus traços divinos. Tão imóvel; linda e delicada morena de olhos verdes, que repousada ao canto parecia dormir e sonhar. Nela residia um leve sorriso maroto no canto dos lábios entreabertos – eu julgava a personificação do amor presente aos meus olhos.
De bruços ela ocupava toda a transversalidade da cama com seus braços e pernas bem abertas, que sem pudores mostravam as formas sedutoras de seu corpo todo, como uma Deusa – senhora do amor e da sedução. Seus lábios sutilmente desenhados se completavam harmoniosos em concordância com toda aquela extremidade corporal que sua silhueta evidenciava. Tal era o brilho e a vibração daquele corpo despido, que eu me perdia nas curvas, me sentindo seduzido, atraído... Ele me dizia, assim: “possua-me agora com toda força que tiver”. E me atraía... Seduzia desejando a presença de um homem com o peso sobre ela. Sua pele desnuda das costas; da cintura e das nádegas possuíam uma textura aveludada que era demarcada por relevos misteriosos...
Suas coxas firmes e modeladas pela tensão estavam abertas preguiçosamente, deixando externar em minha frente, uma acolchoada vulva recoberta por um fino e delicado buço. Entreaberta, lá estava ela... A cavidade ondular do amor. Estava em repouso, vermelha e úmida sobreposta à outra cavidade que se movimentava silenciosamente com o respirar. Por fim minhas mãos tomavam cadentes, aquele corpo...
... Os inúmeros fios que acompanhavam toda extensão daquela silhueta...Arrepiavam-se ao dedilhar de mãos extremamente habilidosas, revelando mistérios nunca antes explorados...